Estacionamentos em torno do Fórum gera multas

A Secretaria de Transportes de São José intensificou a fiscalização do trânsito nas imediações do novo Fórum, no Jardim Aquarius, zona oeste da cidade.
Segundo a secretaria, toda a área, principalmente a avenida Salmão, passou a ser fiscalizada permanentemente por três equipes. A prioridade é o entorno do Fórum, por ser considerada área de segurança.
Às terças e quintas-feiras, dias de maior movimento em razão dos julgamentos com presença de júri popular, um agente permanece na rua Salmão, ao lado da portaria principal do Fórum.
Placas de proibido parar e estacionar estão espalhadas pela via, mas muitos motoristas não respeitam. O VALE esteve no local ontem e flagrou três carros parados em área irregular. Considerada infração grave, a multa para veículos estacionados em áreas proibidas é de R$ 127,69 e cinco pontos na carteira.

Segundo um agente de trânsito que preferiu não se identificar, muitos motoristas não sabem ler as placas. “Eles não prestam atenção às placas e depois vêm brigar com a gente. Aplico, em média, 16 multas por dia só nesse trecho”, afirmou. No período em que O VALE esteve no local, três multas foram aplicadas.

Motoristas que circulam no local reclamam da falta de estacionamento e o excesso de placas de proibido parar e estacionar. “Aqui é horrível parar. Nunca tem vaga. Venho quase todos os dias por causa da minha esposa, que é advogada. Paro o mais próximo possível da portaria do Fórum, ela desce e então eu vou dar uma volta no quarteirão em busca de vaga. Quando não encontro, fico dentro do carro esperando”, afirmou o assistente jurídico Márcio Beltri, 44 anos.

Para o engenheiro Helder Salles, 49 anos, a situação tende a piorar nos próximos meses por causa dos prédios comerciais que estão sendo finalizados na região. “Se já está complicado, imagina como será quando as pessoas que possuem as salas comerciais nos prédios ao redor do Fórum começarem a receber clientes”, afirmou.

Salles reclama da grande extensão do espaço proibido. “Eu acho que eles não precisavam proibir o estacionamento em um espaço tão grande da via. E nas ruas adjacentes também ocorre a proibição. Então, realmente, não temos opção”, disse Salles.

Desde a inauguração do Fórum, no ano passado, o estacionamento do prédio é restrito à juízes, promotores e funcionários do local. O TJ (Tribunal de Justiça de São Paulo) deve assinar nos próximos dias convênio com a OAB de São José para liberar outras 30 vagas a advogados. O estacionamento do novo Fórum passará a ser cobrado. Uma licitação para escolher a empresa que vai administrar as 160 vagas do prédio deve terminar em maio.

O Vale

Publicado em: 13/03/2013

Prefeitura amplia projeto para priorizar Pedestres

A Prefeitura de São José dos Campos decidiu antecipar e ampliar os projetos que têm como objetivo priorizar o pedestre no trânsito. O pacote de incentivos conta com obras, mudanças viárias, campanhas e com uma exigência aos comerciantes do Calçadão que terão que deixar as lojas iluminadas até a meia noite.

A decisão ocorreu após pesquisa que revelou que é a pé que mais de dois a cada dez moradores fazem seu percurso diário seja para o trabalho, escola ou lazer. O número representa 22% do total de viagens que são realizadas por dia na cidade, cerca de 1,6 milhão, e é equivalente à quantidade de pessoas que usam o ônibus para se locomover (25%). O meio mais utilizado é o carro (49%).

Entende-se por viagem qualquer deslocamento feito entre residência e trabalho, casa e escola, trabalho e comércio, entre outras. “O número de pedestres é bastante expressivo e está acima do que é trivial nas cidades médias brasileiras”, afirmou Cynthia Gonçalo, diretora geral do Ipplan (Instituto de Pesquisa, Administração e Planejamento) de São José, que coordenou a pesquisa.

Segundo ela, o ideal é que no futuro os meios sustentáveis de se transportar como a pé, de ônibus e de bicicleta representem juntos a maioria. “Vamos trabalhar para que no futuro cada um desses meios represente um terço do total”, disse. Hoje, apenas 2% das viagens são feitas de bicicleta.

As ações previstas envolvem ainda a ampliação dos semáforos com cronômetro e campanhas de orientação. Também serão criados calçadões para a retirada gradual dos carros em pontos de grande concentração de pedestres, como o centro da cidade.

Segundo a prefeitura, em junho deve começar a construção do calçadão na travessa Chico Luiz e em 60 dias começam as obras do calçadão na rua Sete de Setembro. A prefeitura também pretende firmar parceria com a iniciativa privada para a criação de estacionamentos particulares em pontos estratégicos da cidade. A intenção é que o motorista pare o carro e ande a pé nos locais de grande circulação de pessoas.

“Queremos aumentar os estacionamentos subterrâneos e de garagem através de concessões públicas para o setor privado. Ou seja, o local do estacionamento pode ser público, mas será administrado pela iniciativa privada”, disse Cynthia. Segundo ela, entre os locais que podem ganhar estacionamento está o largo são Miguel, próximo à praça João Mendes (a praça do Sapo).

A prefeitura também determinou que até o Natal comerciantes do calçadão implantem iluminação na vitrine e instalem portas translúcidas para que o corredor fique iluminado até a meia-noite. A exigência tem o objetivo de aumentar a sensação de segurança dos pedestres e criar uma movimentação na região central, mesmo com as lojas fechadas.

O Vale

Novo grupo do Vale defini novo hospital na região

Secretários municipais de saúde da microrregião de São José dos Campos definiram o perfil assistencial do Hospital Regional que o Estado irá construir na cidade. O novo HR prestará atendimentos de alta e média complexidades em ortopedia, neurocirurgia e cirurgias eletivas em geral.

O perfil foi definido em conjunto com a Diretoria Regional de Saúde Estadual, sediada em Taubaté. “O próximo passo agora, para fechar o estudo do novo Hospital Regional, será definir o número de leitos”, disse o secretário municipal de Saúde de São José, Danilo Stanzani.

A expectativa dos secretários é que o HR de São José tenha até 150 leitos. O hospital vai atender à microrregião formada pelas cidades de Jacareí, Santa Branca, Igaratá, Caçapava, Monteiro Lobato, Jambeiro e Paraibuna, além de São José dos Campos.

A microrregião abriga uma população de 975 mil habitantes. São José é a maior cidade, com 636 mil, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). De acordo com Stanzani, o hospital também terá uma unidade de cirurgia ambulatorial. “Os pacientes são atendidos e liberados no mesmo dia”, afirmou.

A diretora regional de Saúde do Estado, Sandra Tutihashi, explicou que o HR será “portas fechadas”, ou seja, não atenderá emergências. “O atendimento de emergências permanecerá sob a responsabilidade dos municípios.” Segundo ela, até o começo de fevereiro será concluído o estudo de demanda da nova unidade hospitalar.

O HR será construído em uma área de 16,5 mil metros quadrados, no Jardim Satélite, região sul da cidade. O terreno está em fase final de avaliação pelos técnicos da Secretaria Estadual de Saúde. Para Stanzani, um equipamento desse porte não custaria menos de R$ 17 milhões.

Para a diretora de Atenção à Saúde de Caçapava, Maria Aparecida de Lima Graciano, o HR vai melhorar a eficiência no atendimento hospitalar, principalmente de alta complexidade.

“Os pequenos e médios municípios não têm condições de prestar assistência em alta complexidade e o HR vai suprir essa lacuna”, afirmou. Na avaliação da diretora, ortopedia de alta complexidade é um dos setores que mais necessita de atenção. “Vai ser um ganho importante para toda a região”, disse.

Para o prefeito de Jacareí, Hamilton Ribeiro Mota (PT), o HR vai reorganizar o atendimento hospitalar na microrregião de São José. “O atendimento hoje, de certa forma, já é compartilhado entre os municípios e o HR deve dar um novo perfil no compartilhamento do atendimento hospitalar”, disse.

De acordo com o secretário de Saúde de São José, a intenção é modificar o sistema de prestação de serviços existente hoje para evitar duplicidade de atendimento na rede pública e conveniada. O plano é que haverá uma distribuição de atendimento por especialidades entre os hospitais públicos e conveniados da microrregião.

O Vale