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Sindicato diz que alta no preço do etanol influencia na formação do valor.
Segundo ANP, álcool teve aumento de 8,16% no último mês em São Paulo.
Apesar da redução no preço da gasolina nas refinarias, o valor para o consumidor não caiu nos postos de gasolina de São José dos Campos e Taubaté.
Segundo apuração do G1, o preço nos postos das duas cidades se manteve ou até teve aumento de até R$ 0,10. Para o Sindicato dos Postos de Combustíveis, a redução no valor não chegou ao consumidor por causa da alta do álcool anidro, 27% da composição da gasolina.
O anúncio da mudança na política de preços da Petrobras feito na última sexta-feira (14) trouxe esperança de preços menores ao consumidor. Segundo a empresa, a alteração traria 1,4% de redução no preço da gasolina na bomba, cerca de R$ 0,05 centavos por litro. A mudança entrou em vigor no sábado (15).
Segundo o registro de preços da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) na última semana, o preço da gasolina em um posto de gasolina na região central de São José dos Campos era de R$ 3,349 e o álcool era vendido a 2,399. Em Taubaté, em um posto em Taubaté a gasolina à época era vendida por R$ 3,499 e o álcool a R$ 2,499.
O G1 procurou os postos na manhã desta quarta-feira (19) para atualizar os preços. Em São José dos Campos, o mesmo posto vendia a gasolina a R$ 3,399 e o álcool a R$ 2,499. Já no mesmo local pesquisado em Taubaté, o preço da gasolina estava em R$ 3,549 e o etanol em R$ 2,679.
O preço da gasolina frustrou a expectativa do consumidor, que esperava economizar. Mas a alta mais significativa é do etanol, cerca de R$ 0,18. A safra deste ano foi menor e os estoques estão mais baixos, o que levou a alta do preço do produto e as usinas já estão parando com o início da entressafra. A crescente deve se manter até a retomada da produção, no início de 2017.
De acordo com a ANP, no período de um mês, o álcool acumula alta de 8,16% em todo o estado de São Paulo. Para o Sindicato dos Postos de Combustíveis, a alta foi responsável por congelar e até aumentar os preços nas bombas.
“Mais de um quarto do preço da gasolina é formado pelo etanol. Com a alta contínua, a gente não recebeu as baixas das distribuidoras. A possível baixa foi balanceada com o aumento do álcool e a gente não tem expectativa de baixa até que o etanol volte a baixar. Os donos de postos estão, inclusive, segurando os preços para não perder cliente e diminuindo a margem de lucro”, explica Marco Antonio Melo Matos, presidente regional do Sincopetro.