Competição SAE BRASIL Demoiselle acontece domingo

 A mais nova competição SAE BRASIL Demoiselle acontece no próximo domingo, dia 1º de setembro, no Ginásio Poliesportivo da ADC Embraer, em São José dos Campos, SP. A competição com as pequenas aeronaves possui 10 equipes inscritas, todas formadas por estudantes de ensino médio de escolas públicas e privadas de São José dos Campos, Jacareí e Botucatu, cidades do Interior paulista. Os voos começam às 10h e prosseguem até as 13h30.

Para participar, as equipes, que somam cerca de 100 estudantes, foram desafiadas a projetar, construir e fazer voar uma aeronave de pequeno porte, propulsionada à hélice e movida pela torção de um elástico, seguindo regras estabelecidas pela SAE BRASIL, disponível no site. Com esta competição, a SAE BRASIL tem por objetivo disseminar o interesse e conhecimento da engenharia e de técnicas de projeto aeronáutico, em particular a partir do fascínio e atração que a aviação exerce sobre o homem.

São José dos Campos – a cidade será representada por 7 equipes, uma delas a Ayr Picanço, formada por nove estudantes da Escola Estadual Ayr Picanço, e que levará um monoplano feito em madeira balsa e papel filme. “Também pretendemos utilizar materiais reciclados de sucatas na construção”, adianta Chang Yu Ming, capitão da equipe e primeiranista do ensino médio. A lista das demais equipes segue anexa.

Composta por 10 alunos do 1º ano, a equipe Ipanema também já faz testes de vôo na aeronave, construída com madeira balsa, cola bastão e papel filme. Os estudantes levarão duas hélices, uma de plástico e outra em madeira balsa, que pode ser moldável. “Nossa equipe está se esforçando bastante para vencer”, diz Nathália dos Santos Barbosa, capitã da equipe.

Jacareí – Única representante de Jacareí, a equipe Águias de Papel, formada por 10 estudantes do Colégio Resende, optou pela fibra de carbono na construção do protótipo, por ser um material leve e resistente. Animada, a equipe se prepara para os testes da aeronave. “Todos da equipe se interessam pela física e pretendem seguir engenharia, por isso estamos muito empolgados para a competição que é uma grande novidade para a escola”, comenta a capitã Danielle da Silva Reis, estudante do 1º ano.

Projetos – Construídas em madeira, papel ou outro material, as pequenas aeronaves devem pesar no mínimo 7 gramas, terem no máximo 40 cm de envergadura (distância entre uma ponta de asa a outra) projetada, hélices de 23 cm de diâmetro máximo e estrutura capaz de suportar a força que o elástico faz sobre ela ao ser torcido por várias centenas de voltas até o lançamento, feito a mão. O desafio é fazer a aeronave, não controlada, voar maior tempo possível numa área delimitada. A equipe que obtiver o maior tempo de voo durante a competição sagrar-se-á vencedora. Além de troféu, os integrantes da equipe vencedora poderão acompanhar, na área vip, a 15ª Competição SAE BRASIL AeroDesign, agendada para 24 a 27 de outubro, no Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos, SP. As segunda e terceira colocadas receberão medalhas.

Demoiselle – Os aviões monoplanos (uma hélice) deverão ser construídos e testados antes da competição. Para a construção será permitido o uso de madeira, papel, filme plástico, cola, fibra de carbono e fibra de vidro, linha, arame, tubo plástico, elásticos, além de qualquer material denso para o lastro (se necessário para balanceamento). O elástico utilizado nos voos oficiais será fornecido pela organização. Cada equipe terá um intervalo de 55 minutos para realizar, no mínimo, três voos.

O termo Demoiselle é uma homenagem da SAE BRASIL ao segundo avião projetado e construído por Alberto Santos Dumont, menos conhecido que o 14 Bis, mas cuja concepção estrutural é considerada excepcional, vindo a influenciar, no começo do século 20, toda a então indústria da aviação, especialmente a europeia.

Demais competições – A SAE BRASIL realiza mais três competições estudantis, estas voltadas para estudantes de graduação em engenharia: a Baja SAE, em que estudantes projetam e constroem veículos off-road; SAE AeroDesign, que estimula o projeto e construção de aeronaves em escala reduzida; e Fórmula SAE, voltada ao desenvolvimento e construção de carros tipo Fórmula a combustão ou elétricos. As três competições seguem os padrões da SAE International e as equipes vencedoras têm conquistado brilhante espaço para o Brasil nos Estados Unidos, onde são realizadas.

Para Ricardo Reimer, presidente da SAE BRASIL, o objetivo maior do conhecimento tecnológico está no processo de inovação e de introdução de novas tecnologias para sua utilização sistêmica, com fins econômicos e sociais. “É essa a filosofia que a SAE BRASIL adota em suas competições estudantis, que desafiam os estudantes de engenharia à ousadia e à criatividade aplicadas aos projetos desenvolvidos por eles”, afirma.

Quando – 1º de setembro de 2013.
Onde – Ginásio Poliesportivo da ADC Embraer
Endereço – Av. Brigadeiro Faria Lima, 2170 (ao lado da Embraer) – Jd. Aeroporto – São José dos Campos/SP

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Programação

  • 9h – 10h Recepção das equipes
  • 10h – 11h Abertura da 1ª janela para voos oficiais
  • 11h – 12h Abertura da 2ª janela para voos oficiais
  • 12h – 13h Abertura da 3ª janela para voos oficiais
  • 13h – 13h30 Fechamento da janela para todos os voos /Apuração resultados
  • 13h30 – 13h45 Divulgação dos resultados e premiação
  • 13h45 – 14h Encerramento da 1ª Competição Demoiselle

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Embraer pode vender aviões para Avianca Brasil

O presidente da Avianca Brasil, José Efromovich, afirmou hoje que a empresa está negociando a compra de aviões da fabricante Embraer. “Há grandes chances de que no futuro próximo a gente esteja voando com aviões da Embraer”, disse Efromovich. Efromovich afirmou ainda que gostaria de ver a Embraer voltar a fabricar aviões turbo-hélices. As declarações foram dadas durante seminário promovido pelo ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) sobre a modernização da infraestrutura de aeroportos no Brasil. O seminário conta com a presença de executivos da empresas aéreas, concessionários de aeroportos, Anac e Infraero.

O diretor de assuntos regulatórios da TAM, Janor Basílio Dias, afirmou que a TAM também tem interesse na aviação regional. “A TAM está vendo com bastante bons olhos essas oportunidades no mercado regional e temos estudos internos muito importantes sobre isso”, disse. “Nosso objetivo é continuar estudando e cada vez mais entrar nesse mercado regional.” O governo federal tem um plano de investimentos de R$ 7,3 bilhões para a aviação regional, com a promessa de modernização de 270 aeroportos brasileiros. O plano prevê subsídios para as companhias aéreas regionais, com isenção de tarifas de embarque e tarifas aeroportuárias.

Aeroporto da cidade ganha obras de melhorias

A Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) lança hoje edital para a ampliação do aeroporto de São José dos Campos. A assessoria da Infraero informou ontem que a empresa obteve da Cetesb (Companhia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo) esta semana o licenciamento ambiental para a execução do projeto.

A empresa elaborou novo projeto de remodelação do terminal aeroportuário da cidade terá cerca de 5.000 metros quadrados. Pela novo projeto, a expectativa é que a ampliação do terminal permita ao menos triplicar a capacidade do aeroporto, que atualmente é de 90 mil passageiros por ano. Segundo a prefeitura, A abertura das propostas das empresas concorrentes está prevista já para o próximo dia 7 de junho. A previsão de tempo de obra é de doze meses.

Entre as principais mudanças previstas para o terminal aeroportuário estão a ampliação do estacionamento para 350 vagas, implantação de 14 guichês de check-in, com esteiras de despacho de bagagens, esteira de bagagem para desembarque, três canais de inspeção de raio X (hoje há apenas um), ampliação de áreas comerciais e construção de banheiros no embarque e no desembarque.

O impasse sobre a ampliação do aeroporto local se arrasta há anos. O resultado é uma retração no movimento de passageiros. Depois de uma alta de 180% entre 2010 e 2011, o aeroporto teve redução de 10% no ano passado, quando recebeu 212.536 passageiros. O governo federal anunciou em dezembro investimentos de R$ 7,3 bilhões nos aeroportos regionais.

O Vale

Publicado em: 16/05/2013

Vendas de Jatos a China realiza reforço na produção

A Embraer Aviação Executiva leva para a China na próxima semana o seu portfólio para o segmento, de olho em um mercado potencial de até US$ 24 bilhões nos próximos 10 anos. A empresa, que está presente no mercado da aviação executiva da China desde 2004, quando efetuou a primeira entrega ao país, vai participar da ABACE (silga em inglês para Conferência e Exibição Asiática de Negócios da Aviação), que acontecerá em Xangai, entre 16 e 18 de abril.

É a maior feira de aviação executiva da Ásia. A Embraer terá em exposição estática com as aeronaves Lineage 1000, Legacy 650 e Phenom 300. Desde 2004, a companhia registrou pedidos firmes de 28 aeronaves e opções para mais cinco. No momento, 10 aeronaves executivas estão em operação na China.

A estimativa da Embraer Aviação Executiva é que o mercado chinês deve precisar entre 440 e 650 jatos executivos, movimentando entre US$ 16 bilhões e US$ 24 bilhões nos próximos 10 anos. “A China é um potencial mercado e ficamos o pé lá. Temos entregues aviões para os chineses, mas produzidos no Brasil”, disse o vice-presidente de Operações da Embraer Aviação Executiva, Marcos Túlio Pellegrini. Em junho de 2012, a Embraer assinou um acordo com a AVIC (Aviation Industry Corporation of China para a montagem final dos jatos Legacy 600/650 na China, utilizando os recursos de sua joint-venture, a Harbin Embraer Aircraft Industry.

Pellegrini relatou que o primeiro Legacy montado em território chinês deve ser entregue até o final do ano. A expectativa da companhia é manter uma cadência produtiva anual de 4 a 6 jatos executivos da família Legacy. Por ser um país continental, a China demandará muito do transporte aéreo executivo. Jackie Chan, ator de cinema mundialmente conhecido, tornou-se o embaixador global da Aviação Executiva e participou do lançamento do Legacy 650 na China. Pellegrini contou que o astro tem contribuído para a divulgação do Legacy no mercado asiático.

“Recentemente foi fechado negócio para a venda uma aeronave dessa família, a partir da divulgação que o ator tem feito do Legacy”, afirmou. Estudo da Embraer aponta que a cultura de aviação executiva da China está ganhando maturidade. Os jatos executivos são cada vez mais reconhecidos como ferramentas de produtividade para as elites empresariais. Atualmente, o país tem uma frota de 267 aeronaves, 77% das quais são de grande porte, entre as categorias super mid-size e ultra-large.

Para comparação, em 2007, a China tinha apenas 78 jatos executivos. Globalmente, o mercado aviação executiva deve movimentar nos próximos 10 anos cerca de US$ 200 bilhões. A demanda prevista é de 9.300 aeronaves. O mercado dos EUA deve absorver 50% desse volume.

O Vale

Publicado em: 09/04/2013

Embraer amplia produção para Jatos na cidade

A Embraer Aviação Executiva concentrou em São José dos Campos e nos Estados Unidos as atividades de produção e entregas de jatos executivos. No ano passado, a empresa transferiu da fábrica da Embraer em Gavião Peixoto, interior paulista, a linha de produção dos jatos Phenom 100 e 300. Na fábrica de São José dos Campos já são montados o Legacy e o Lineage.

A mudança está atrelada a vários fatores. Entre eles, permitir à Embraer Defesa e Segurança ampliar suas atividades em Gavião Peixoto, principalmente com a produção do cargueiro militar KC-390, que vai entrar em operação em 2015. “Houve necessidade de otimizar espaço. Em São José temos a competência da montagem final, do interior da aeronave, da aceitação do avião em voo. Toda essa dinâmica favorece a concentração das atividades em um único local”, explicou o vice-presidente de Operações da Embraer Aviação Executiva, Marco Túlio Pellegrini.

Além disso, o executivo destaca outro fator favorável à fábrica de São José: o setor produtivo e o corpo de engenharia estão na planta local. A localização da cidade, no eixo Rio-São Paulo, favorece as entregas. “O cliente normalmente fica hospedado em São Paulo, que está há 15 minutos de voo de São José, e que tem mais ofertas de hotéis, restaurantes e lazer e vem à Embraer para receber o seu jato”, disse Pellegrini.

Ainda em fase de recuperação, após atravessar sérias turbulências entre 2008 e 2012 por causa da crise da economia mundial, a aviação executiva mostra sinais de retomada. “A aviação executiva caminha em paralelo com a situação da economia. Em 2008, foram entregues 1.100 jatos no mundo. No ano passado, 663.

Esperamos que a partir deste ano ocorra uma estabilização e até um certo crescimento.” Nesse contexto, o desempenho da Embraer foi positivo se comparado com a concorrência. Nos últimos dois anos a empresa despachou 188 jatos executivos. O restante da indústria mundial registrou redução de 6%. Foram 703 aviões em 2011 e 663 no ano passado. A empresa também registrou crescimento de receita no período, de 15%. No ano passado, faturou US$ 1,2 bilhão. A previsão para este ano é atingir receita de até US$ 1,6 bilhões e aumentar sua participação na receita global da empresa de 21% para 25%.

A estimativa do mercado mundial para a aviação executiva nos próximos dez anos é de negócios em torno de US$ 200 bilhões, com demanda de 9.300 jatos. A Embraer trabalha para abocanhar uma boa fatia desse mercado, informou o vice-presidente de Operações da Embraer Aviação Executiva, Marco Túlio Pellegrini.
O executivo relatou que os Estados Unidos deve consumir 50% dessa demanda.

Atualmente, o país tem uma frota de 11 mil jatos executivos, a maior do mundo. Por isso, a Embraer investe nos EUA, onde já possui uma unidade industrial em Melbourne, na Flórida, para a montagem final do Phenom. Pellegrini disse que o mercado brasileiro também é promissor. “O Brasil tem mercado potencial com perspectivas de crescimento”, disse.

A China é outro mercado promissor. A Embraer montou uma unidade industrial no país para produzir o Legacy. A empresa estima que o primeiro Legacy montado em território chinês será entregue até o final do ano para um cliente da própria China. Apesar da crise econômica, a Europa também tem mercado potencial. O Oriente Médio é visto como uma promessa para o futuro.

O Vale

Publicado em: 08/04/2013

Força Aérea Brasileira tenta modernizar frota do país

Relatório técnico da FAB (Força Aérea Brasileira) aponta o caça norte-americano F-18 Super Hornet, produzido pela Boeing, como a melhor opção para modernizar a frota brasileira, foco do programa F-X2, que se arrasta desde 2001. Além do caça americano, concorrem ao contrato do governo brasileiro, estimado em R$ 10 bilhões, o modelo francês Rafale e o sueco Gripen NG.

O documento da Copac (Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate) da FAB, divulgado no último sábado pela revista IstoÉ, mostrou que a escolha seguiu critérios técnicos e que fora apresentada ao governo federal havia dois anos, tendo sido engavetada pelo então ministro da Defesa, Nelson Jobim.

A preferência dele era pelo modelo francês, uma opção mais política do que técnica e que chegou a ser comentada publicamente pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que apoiava a escolha. Contudo, a decisão pela compra dos caças ficou nas mãos da presidente Dilma Rousseff (PT), que deve se apoiar nos critérios técnicos da FAB para definir o modelo.

O Ministério da Defesa informou que a presidente é quem fará a escolha e que não há um prazo definido para a decisão. Em nota, a FAB informou que “aguarda a aquisição das aeronaves” e que este “é um assunto que está na alçada da Presidência da República”.

Os militares disseram ainda que a compra de “qualquer uma das três aeronaves representaria um salto considerável na capacidade operacional”. Para assessores, Dilma teria revelado que está disposta a resolver a questão antes do vencimento das propostas comerciais, em 31 de dezembro. Para tanto, a presidente escolheria a proposta que trouxesse mais vantagens ao desenvolvimento do país.

No relatório, a FAB garante que a compra do modelo americano é a mais vantajosa. Uma das vantagens seria a parceria entre a Boeing e a Embraer, que já estariam trabalhando na minuta de um contrato de cooperação. A Boeing se comprometeria a entregar o maior programa de contrapartida já oferecido pelos EUA a qualquer país fora da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

Oficialmente, nenhuma das empresas comenta o acordo. Para Agliberto Chagas, gerente executivo do Cecompi (Centro para Competitividade e Inovação do Cone Leste Paulista), a Boeing estaria em uma posição mais favorável pelo relacionamento que vem estabelecendo com empresas do setor aeroespacial da região.

O Vale

Publicado em: 11/12/2012

Aeroporto tem aviões abandonados na cidade

Quem já embarcou no Aeroporto de São José ou mesmo passou pela avenida vizinha ao local, sentido Avibrás, deve ter reparado nos aviões estacionados no pátio, sem condição de voo. Eles ficam em uma parte isolada do aeroporto, perto da pista secundária e dos hangares. De fora, pela avenida doutor Amin Simão é possível vê-los. São quatro, no total, formando assim um pequeno cemitério de aviões.

Eles pertencem à massa falida de companhias aéreas, ou seja, os credores habilitados no processo de falência. Todas as aeronaves estão sob custódia da Justiça. Só haverá definição do que será feito com eles após conclusão do processo de falência das empresas. Tem avião parado desde 2003.

A Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária), administradora dos aeroportos nacionais, é considerada a fiel depositária das aeronaves.  O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) criou em fevereiro do ano passado, o Programa Espaço Livre. O objetivo é remover dos aeroportos brasileiros as aeronaves que estão sob custódia da Justiça ou que foram apreendidas em processos criminais.

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), parceira do CNJ no programa, avalia quais aeronaves ainda estão em condições de uso e quais não estão. As que estão sucateadas, serão removidas e desmontadas. As peças serão leiloadas.

O dinheiro arrecadado deve ser usado para quitar dívidas com os credores da empresa, e principalmente para pagamento de direitos trabalhistas. Os quatro aviões inutilizados que estão em São José dos Campos e integram o programa. Ainda não há uma definição do que serão feitas com elas e nem quando o processo se encerra.
Enquanto o processo rola na Justiça, as aeronaves são utilizadas para outros fins.

No último dia 31, a Infraero organizou um treinamento de resgate após pouso forçado de uma aeronave. Participaram equipes do Corpo de Bombeiros e do Hospital Municipal.  As equipes simularam um resgate de feridos presos nas engrenagens dos aviões.

O destino mais comum das aeronave sob custódia é o desmanche e o leilão. Os lotes de sucata são vendidos em média por R$ 30 mil. Além da carcaça, são leiloadas turbinas, pneus, mesas de refeição, tapeçaria, peças de freios e motor, válvulas de pressão e combustível.

O Vale

Maior fabricante de aviões cadastra empresas da Região

A fabricante norte-americana Boeing reuniu ontem cerca de 150 pessoas, entre empresários e representantes de indústrias do setor aeronáutico, em São José dos Campos, para prospectar parcerias futuras para o programa F-X2. O encontro aconteceu no Parque Tecnológico de São José e teve também a participação de representantes de 12 fornecedoras da gigante norte-americana.

Entre elas, estavam General Electric, Raytheon, Northrop Grumman e Honeywell. A Boeing participa do processo de seleção para fornecimento de 36 caças para a Força Aérea Brasileira, com o modelo F-18 Super Hornet. Também estão na disputa a francesa Dassault, com o Rafale, e a sueca Saab, com o modelo Gripen NG. O negócio pode atingir até R$ 10 bilhões.

A diretora de Estratégias e Parcerias Internacionais da Boeing, Susan Colegrove, ressaltou que o encontro teve o objetivo de aproximar as empresas locais. Se o caça da Boeing for o escolhido do governo, as parcerias serão fundamentais para produção e manutenção do avião para a FAB.

Os empresários preencheram um cadastro que será analisado pela Boeing e fornecedores para eventual parceria. “Nossa expectativa é de parcerias não só para o F-X2, mas para outros projetos da Boeing”, disse Mauro Ferreira, da Globo Usinagem. A gigante norte-americana já assinou protocolo com 25 empresas da cadeia aeronáutica da região.

O Vale

Demanda de Aviões tem mudanças pela Embraer

A demanda de aviões no segmento mundial de aeronaves de 30 a 120 assentos nos próximos 20 anos será de 6.800 jatos, em um valor de mercado estimado em US$ 315 bilhões. A estimativa foi divulgada ontem pela Embraer, de São José dos Campos, líder do mercado mundial de jatos de 61 a 120 assentos.

Somente para o nicho do mercado em que lidera, a previsão da fabricante é de demanda de 6.390 jatos nos próximos 20 anos. Segundo a companhia, o transporte aéreo mundial, de acordo com RPK ( demanda de passageiro-quilômetro transportado) crescerá, em média, 5% anualmente no período de 2012 a 2031.

O estudo feito pela Embraer aponta que a substituição de aeronaves antigas representará 53% das novas entregas, enquanto os 47% restantes das vendas serão por conta do crescimento do mercado da aviação.  A América do Norte ainda se mantém como a maior região compradora de jatos nesse nicho, com um total de 2.195 aeronaves (32%), seguida pela Europa/CEI (Comunidade de Estados Independente) com 1.905 aviões (28%) e China, com 1.005 aeronaves (15%).

No entanto, a Embraer avalia que o centro de gravidade da aviação vai se mover para o leste, principalmente para a Ásia e, em menor proporção, para a América Latina. O estudo aponta que em 2031 os maiores mercados do mundo serão Ásia Pacífico e China, que responderão por 34% do RPK mundial.

Para Marcos Barbieri Ferreira, professor de economia da Unicamp (Universidade de Campinas) e especialista em mercado aeronáutico, as previsões de entregas feitas pela Embraer “refletem a realidade do mercado”. “Considero bastante realista esta previsão. O mercado da aviação regional está em crescimento e existe demanda para rotas curtas e de média e baixas densidades de passageiros”, disse Ferreira.

O especialista afirmou que a Embraer, certamente, tem condições de atender esse mercado com a sua família de E-Jets. “A Embraer já domina parte desse nicho e os produtos dos concorrentes levarão anos para chegar ao mercado.”

Ferreira destacou que é possível que, por causa da crise econômica da Europa, a previsão de demanda nos próximos três a quatro anos não se confirme. “Mas a aviação regional tem potencial de crescimento em outras partes do mundo”. De acordo com o estudo divulgado pela Embraer, o Oriente Médio será o mercado que terá o maior crescimento no período analisado, com taxa anual de 7,2% de RPK.

O Vale

Câmera que interferia no radar dos aviões é apreendida

A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) apreendeu uma câmera de vigilância sem fio que interferia no radar do Aeroporto de São José. O equipamento, que não tinha a homologação obrigatória da Anatel, estava escondido dentro de uma lata de bebida para monitorar a entrada de uma casa, distante cerca de 4 quilômetros do aeroporto. O endereço não foi divulgado.

Segundo Marcelo Augusto Scacabarozi, gerente operacional de Fiscalização Técnica da Anatel, a câmera transmitia na faixa de uso exclusivo da Aeronáutica, no serviço de radar secundário, responsável pela detecção de informações de voo transmitidas pelas aeronaves.

Com a interferência, os controladores do radar ‘perdiam’ as informações das aeronaves no equipamento. O problema poderia ter causado acidentes aéreos na cidade. “Sem a homologação da Anatel e, portanto clandestinos, os aparelhos operam em frequências não permitidas, o que pode causar acidentes graves”, disse Scacabarozi.

A equipe da Anatel demorou uma semana para localizar a câmera de vídeo que, por ser sem fio, transmitia as imagens via radiofrequência para dentro da residência. O aparelho foi apreendido e o proprietário, notificado. Ele responderá a um processo administrativo na Anatel, que pode culminar em multa, cujo valor varia entre R$ 100 e R$ 3 milhões.

O Vale