Aeroporto tem aviões abandonados na cidade

Quem já embarcou no Aeroporto de São José ou mesmo passou pela avenida vizinha ao local, sentido Avibrás, deve ter reparado nos aviões estacionados no pátio, sem condição de voo. Eles ficam em uma parte isolada do aeroporto, perto da pista secundária e dos hangares. De fora, pela avenida doutor Amin Simão é possível vê-los. São quatro, no total, formando assim um pequeno cemitério de aviões.

Eles pertencem à massa falida de companhias aéreas, ou seja, os credores habilitados no processo de falência. Todas as aeronaves estão sob custódia da Justiça. Só haverá definição do que será feito com eles após conclusão do processo de falência das empresas. Tem avião parado desde 2003.

A Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária), administradora dos aeroportos nacionais, é considerada a fiel depositária das aeronaves.  O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) criou em fevereiro do ano passado, o Programa Espaço Livre. O objetivo é remover dos aeroportos brasileiros as aeronaves que estão sob custódia da Justiça ou que foram apreendidas em processos criminais.

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), parceira do CNJ no programa, avalia quais aeronaves ainda estão em condições de uso e quais não estão. As que estão sucateadas, serão removidas e desmontadas. As peças serão leiloadas.

O dinheiro arrecadado deve ser usado para quitar dívidas com os credores da empresa, e principalmente para pagamento de direitos trabalhistas. Os quatro aviões inutilizados que estão em São José dos Campos e integram o programa. Ainda não há uma definição do que serão feitas com elas e nem quando o processo se encerra.
Enquanto o processo rola na Justiça, as aeronaves são utilizadas para outros fins.

No último dia 31, a Infraero organizou um treinamento de resgate após pouso forçado de uma aeronave. Participaram equipes do Corpo de Bombeiros e do Hospital Municipal.  As equipes simularam um resgate de feridos presos nas engrenagens dos aviões.

O destino mais comum das aeronave sob custódia é o desmanche e o leilão. Os lotes de sucata são vendidos em média por R$ 30 mil. Além da carcaça, são leiloadas turbinas, pneus, mesas de refeição, tapeçaria, peças de freios e motor, válvulas de pressão e combustível.

O Vale