Defensoria entra com ação para achar solução do Camelódromo

A Defensoria Pública Estadual em São José dos Campos planeja acionar a Justiça com o objetivo de encontrar uma solução para a situação do camelódromo da praça João Mendes (Sapo), que possui 42 boxes, e viver praticamente vazio. O defensor público estadual, Jairo Salvador, disse ontem, após se reunir com um grupo de informais que trabalham no local, que vai ingressar no Judiciário com uma ação civil pública para obrigar a prefeitura a garantir meios para a subsistência dos camelôs ou então que encontre alternativa para que possam trabalhar em outro local. “O Poder Público removeu os camelôs das ruas, beneficiou a mobilidade urbana com a liberação do espaço público, o comércio formal, mas deixou de executar todo o planejamento feito para esse programa, já que os informações saíram prejudicados”, disse.

O defensor pontuou que, os mais prejudicados são os que trabalham com alimentação, já que o movimento no camelódromo é pequeno e não garante renda suficiente para os informais. “Vamos inclusive solicitar a colaboração da Defensoria Pública Estadual da cidade de São Paulo, que move uma ação semelhante para a ação que vamos propor”, afirmou. Segundo o defensor, a negociação é o melhor caminho, mas, ele não está satisfeito com as informações que recebeu da prefeitura a respeito do camelódromo do Sapo. Para os informações, o apoio da Defensoria pode ser fundamental para encontrar uma solução para o espaço. “É um caminho, o que não pode continuar é essa situação. Nem licença a prefeitura emitiu para nós”, disse Celso Lemes, um dos informais do camelódromo. “Queremos uma solução. Hoje, não conseguimos vender nada aqui, porque não tem público. Só no sábado é que há algum movimento”, afirmou Miriam Dias de Carvalho, que trabalha com alimentação no camelódromo.

O secretário municipal de Defesa do Cidadão, José Luís Nunes, ratificou o que já havia declarado meses atrás aos ambulantes. “Este ano, não temos condições de fazer obras no local por dificuldades financeiras da pasta”, frisou. O secretário pontuou ainda que, qualquer alternativa que seja estudada, terá que ser para o espaço. “O município investiu muito aqui e não tem sentido mudar os informais para outro local”, declarou. Sobre o posicionamento da Defensoria Pública, José Luís disse que vai aguardar, mas destacou que está aberto ao diálogo. O camelódromo da praça João Mendes completou um ano em maio deste ano.

Camelódromo aponta fracasso na cidade e gera protesto

Ambulantes do camelódromo da praça João Mendes (Sapo), centro de São José dos Campos, planejam realizar manifestação hoje data de um ano de criação do centro de compras. Os camelôs vão colocar faixas de protesto na praça para chamar a atenção da população e reivindicar solução para o camelódromo, que fracassou. “Vamos fazer um ato pacífico, para marcar a data”, disse um camelô.

Dos 42 boxes do centro de compras popular, menos da metade permanece aberto. Os informais foram removidos das ruas e praças do centro e levados para o camelódromo da praça João Mendes e para a Rodoviária Velha (Terminal Central), que tem 90 boxes. Desde a transferência, ocorrida no dia 30 de abril do ano passado, que os informações do já conhecido como “camelódromo do sapo” reclamam do espaço.

“Os poucos que restaram, ficaram por teimosia. Esse lugar não deu certo”, disse o informal Celso Lemes. A expectativa do grupo era que o governo do prefeito Carlinhos Almeida (PT) desse outro tratamento, mas o secretário de Defesa do Cidadão, José Luís Nunes, já descartou a possibilidade de novos investimentos no espaço e também a volta dos informais para a rua.

As queixas principais dos informais é que o camelódromo fica em um lugar “acanhado e escondido” e não tem infraestrutura. Mirian Dias Carvalho, 46 anos, trabalhou com carrinho de alimentação na praça Afonso Pena durante mais de 20 anos. Instalada em um box do camelódromo, ela conta que desistiu.

“No começo abria todo o dia, mas não vendia nada. Depois de alguns meses, passei a abrir duas ou três vezes até que decidiu fechar”, relatou. Para sobreviver, ela diz que conta com a ajuda dos filhos e passou a trabalhar como diarista, fazendo faxina. “É uma situação desesperadora”. O casal Vitor e Ana Zulmira Domingues também desistiu do camelódromo.

“Não deu certo, ficamos quase um ano aqui, mas não vendíamos quase nada. Fracassou”, contou Vitor. Rosane Aparecida de Oliveira, 47 anos, que fez parte do grupo de ambulantes que negociou com a prefeitura a transferência dos informais para o camelódromo, também desistiu. “Não abro mais o meu box porque não compensa. Havia dias que não vendia mais que R$10”, Afirmou.

Hoje, ela trabalha com o filho em uma galeria da rua Sete de Setembro. O presidente da ACI (Associação Comercial e Industrial), Felipe Cury, disse que “realmente o camelódromo do Sapo não deu certo”. “Realmente, esse camelódromo fracassou. O local é muito ruim e os ambulantes não conseguem vender nem para sobreviver”.

O secretário de Defesa do Cidadão, José Luís Nunes, reafirmou que este ano não há previsão de novos investimentos públicos no camelódromo da praça João Mendes. A pasta é a responsável pelo local, mas, segundo o secretário, não há previsão de recursos no orçamento para investimentos no local. “Já conversamos com os ambulantes. Temos que estudar outras alternativas”, afirmou.

Segundo o secretário, os informais poderiam, por exemplo, diversificar os produtos que comercializam. José Luís disse que outra alternativa é melhorar a comunicação visual do camelódromo, para chamar a atenção do público. Ele descartou a possibilidade de transferência dos informais para outro espaço. “Isso não vai acontecer porque houve investimento público no espaço”, disse o secretário, que descartou a volta do grupo para as praças.

O Vale

Publicado em: 30/04/2013

Prefeitura cadastra vendedores de flores para Finados

Os ambulantes de São José dos Campos que quiserem vender velas ou flores em frente aos cemitérios no dia de Finados (2 de novembro) devem se cadastrar na Prefeitura até o dia 28 de outubro.

Os interessados devem procurar a Divisão de Abastecimento, da Secretaria Especial de Defesa do Cidadão (Rua Felício Savastano, 401, Vila Industrial), das 8h às 16h, de segunda a sexta-feira. Somente pessoas residentes na cidade podem trabalhar nessa atividade e não há necessidade de registro como vendedor ambulante.

Para se cadastrar, basta levar os documentos originais: carteira de identidade, CPF, título de eleitor e comprovante de residência. O cadastramento é gratuito. A marcação (pintura) das bancas autorizadas será realizada no dia 31 de outubro nos seguintes horários: às 8h no Centro e em Santana; às 10h no Morumbi; às 10h no Horto São Dimas e às 14h em Eugênio de Melo.

As bancas poderão ser montadas a partir das 18h do dia 1º de novembro para o funcionamento no feriado de Finados no dia 2 de novembro.

Os ambulantes licenciados na Prefeitura para comercializar alimentos que quiserem trabalhar em frente aos cemitérios no feriado devem atualizar o cadastro, até o dia 28 de outubro, na Divisão de Abastecimento.

Quem quiser tirar dúvidas sobre o cadastramento podem ligar para (12) 3901-1080, de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h.

 

Fonte: Prefeitura Municipal de São José dos Campos

Centro Vivo: camelódromo na rodoviária

A Rodoviária Velha de São José dos Campos vai abrigar parte dos ambulantes do centro. Esta é uma das novidades que serão anunciadas hoje pela prefeitura, que concluiu o projeto de revitalização da região.

Batizado de ‘Centro Vivo’, o estudo definiu três áreas que serão utilizadas como camelódromos na cidade.

Projeto. O projeto foi desenvolvido pelo Ipplan (Instituto de Planejamento, Pesquisa e Administração) e pelas secretarias de Planejamento e de Defesa do Cidadão. A apresentação será feita às 15h e vai contar com a participação do prefeito.

Cury deve anunciar ainda mudanças de sentido na rua Sebastião Hummel e o reforço da iluminação na região para aumentar a segurança e o uso do centro durante a noite.

O Calçadão também será revitalizado com mudanças nas fachadas de lojas e melhoria da calçada.

Outro projeto audacioso que deve ser apresentado hoje é a reutilização pública da Galeria Pedro Rachid, que fica na avenida São José.

O prédio, retomado pela prefeitura em março após uma batalha judicial que durou nove anos, deve abrigar um grande centro de serviços ao morador –com atendimentos na área da saúde e uma espécie de Poupatempo municipal.

Outras áreas que estão degradadas no centro, como o Cine Teatro Benedito Alves e o largo da Igreja São Benedito, também devem ter suas futuras utilizações anunciadas hoje pela prefeitura. A chegada de um shopping, lanchonetes noturnas e um supermercado à região são outras perspectivas do projeto de revitalização.

Avaliação. As propostas foram aprovadas pelos moradores, mas reprovadas pelos ambulantes e comerciantes da região central.

A prefeitura marcou para as 13h30 de hoje uma reunião com os representantes dos ambulantes do centro, representados pela Adei (Associação de Economia Informal), para apresentar a proposta antes de torná-la pública.

O presidente da ACI (Associação Comercial e Industrial de São José), Felipe Cury, disse que a revitalização do centro vai atrair mais consumidores para a região e aumentar a sensação de segurança.

Entenda mais sobre o ‘Camelódromo’ clicando aqui.

Fonte: O Vale