São José terá atendimento a dependentes químicos inédito

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A Prefeitura de São José dos Campos inaugura na quinta-feira (23) o SAMA (Serviço Ambulatorial Especializado no Tratamento da Dependência Química em Mulheres e Adolescentes). O serviço, inédito no Brasil, oferece atendimento exclusivo, especializado e humanizado para mulheres e adolescentes, que buscam tratamento.

Criado pela Secretaria de Promoção da Cidadania, o SAMA terá capacidade para mais de 1.500 atendimentos por mês. Serão oferecidos tratamentos clínicos e terapêuticos, individuais e em grupos, com oficinas, visitas e atendimentos domiciliares; atividades comunitárias. O objetivo é a recuperação e a integração do dependente químico na comunidade e sua inserção familiar e social.

Além do atendimento aos dependentes, o SAMA oferece acompanhamento e apoio aos familiares e codependentes dos usuários que passam pelo tratamento. Todo o processo é gratuito e a identidade do paciente e dos familiares é mantida em sigilo.

Os interessados (dependentes e familiares) deverão comparecer ao SAMA sem a necessidade de hora marcada, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, na Rua Santa Clara, 783 – Vila Adyana. O telefone do SAMA para informações é 3944-5450. O SAMA ocupa uma área de cerca de 500 metros quadrados, com consultórios, salas multiuso, espaço de convivência, área verde e refeitório, além de uma ampla recepção e área administrativa.

O SAMA está sob a administração das secretarias de Promoção da Cidadania e da Saúde, e já está atendendo em caráter experimental desde o dia 6 de janeiro. Neste período já foram realizados cerca de 50 atendimentos e encaminhamentos para tratamentos específicos.

A estimativa é de que em São José dos Campos 14% da população (95 mil pessoas) seja de dependentes químicos, incluindo álcool, que representa 80% desse público. O número de pessoas que buscam tratamento é bem menor, tendo como principal fator a falta de conscientização sobre os riscos.

Procedimento 

Depois de passar por uma triagem no SAMA, o paciente é encaminhado ao profissional adequado para o diagnóstico correto para a indicação ao tratamento clínico, terapêutico ou, caso necessário, internação em uma das clínicas credenciadas ao VemSer – Programa Municipal Sobre Drogas, da Prefeitura de São José dos Campos.

Profissionais

O SAMA terá uma equipe multidisciplinar de atendimento, com médicos psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais e monitores que farão o acompanhamento, tratamento e encaminhamento do dependente.

Busca por tratamento contra o fumo cresce 30% em 4 anos

No Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado nesta quinta-feira (29),  São José dos Campos tem motivos para comemorar – aumentou em 30% nos últimos quatro anos a procura de pacientes na rede pública de saúde para pedir ajuda para parar de fumar. A estimativa da prefeitura é que 113 mil moradores da cidade sejam fumantes. De acordo com o Ministério da Saúde, o fumo é a principal causa de mortes evitáveis no mundo e está ligado ao desenvolvimento de mais de 50 doenças. Segundo especialistas, o aumento da procura pelo tratamento está ligado à Lei Antifumo, que proíbe desde 2009 o fumo em ambientes fechados.

A médica oncologista, Cristine Bittencourt, explicou que o cigarro está ligado principalmente ao câncer. “Cerca de 90% dos casos de câncer são ligados ao tabagismo e dos outros 10%, podemos considerar que pelo menos metade são de casos de fumantes passivos, aqueles que inalam a fumaça do cigarro”, explicou. Na rede de São José, metade dos que procuram ajuda conseguem parar de fumar. A dona de casa Ivoneide da Silva é uma destas pessoas que tentou parar de fumar, não conseguiu e decidiu buscar auxílio profissional. “Eu quero ter um pouco mais de saúde, poder abraçar meus filhos e eles dizerem: ‘mãe, você está cheirosa'”, afirmou.

Para Suzana Rosa, que parou de fumar depois de 30 anos de dependência, a ajuda foi fundamental. “No começo não foi fácil: sonhava com cigarro. O que ajuda são as reuniões semanais, onde você sente um apoio e vê que não está sozinho”, contou. No Centro de Atenção Psicossocial de Álcool e Drogas (Caps AD), além das reuniões, os fumantes também recebem apoio médico e psicológico. Uma campanha promovida pela Secretaria de Saúde em parceria com de um instituto de oncologia da cidade foi realizada no Parque Vicentina Aranha, na região central.

O ex-fumante João Pires, que parou de fumar há 17 anos, conhece os males provocados pelo fumo. Ele foi internado duas vezes em menos de quatro meses por conta do hábito. “O médico disse que eu tinha que escolher entre a vida e a morte, que aquela seria uma escolha minha. Eu escolhi pela vida”, definiu.

Mercado do lixo se desenvolveu e atrai investidores para cidade

A cena causou estranheza quando apareceu nos cinemas em 1985. Voltando do futuro, o cientista Emmett Brown parou o carro voador e encheu o tanque de lixo. O adolescente Marty McFly e a namorada espantaram-se diante da tecnologia. A cena do primeiro filme da trilogia “De volta para o futuro” já não é mais apenas obra de ficção. O mercado de tratamento de lixo se desenvolveu a ponto de transformar os resíduos em energia e de atrair empresas para o setor de tratamento de resíduos sólidos. Na Região Metropolitana do Vale do Paraíba, três empresas administram aterros sanitários e recebem cerca de 1.300 toneladas de lixo por dia de 27 das 39 cidades.

Os contratos geram às companhias mais de R$ 3 milhões por mês, valor multiplicado com o atendimento a outros municípios e empresas privadas. De acordo com analistas, o mercado brasileiro é de 64 milhões de toneladas de lixo por ano. Desse total, 58% estão em aterros sanitários, 24% em aterros controlados e 18% em lixões a céu aberto. Na RMVale, a imagem de famílias catando lixo nesses lugares desapareceu por completo. Segundo a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), todos os aterros sanitários da região são adequados e apenas um, o de Arapeí, ainda não conseguiu a licença de operação.

“Os marcos regulatórios no país desde 1998, quando poluir tornou-se crime, modificaram o mercado”, diz Alberto Fissore, diretor Comercial Público da Estre Ambiental, empresa que administra o aterro sanitário de Tremembé. O lixo deixou de ser reduzido a um problema dos órgãos públicos e passou a ser encarado como uma oportunidade de negócio. Portanto, daqui para frente, não se assuste se o frentista perguntar se você quer colocar no tanque do carro: álcool, gasolina ou lixo. Jorge Delgado vive do lixo. E não esconde isso de ninguém. Aliás, fala com orgulho da profissão. “Sou coletor de material reciclável, agente ambiental e negociante de resíduos reaproveitáveis. Pode escolher”, brinca o homem de 59 anos, que mora e trabalha na região sul de São José.

Ele é um dos “soldados” do exército de catadores de materiais recicláveis da cidade que, em um único dia, consegue recolher quase 80 toneladas de resíduos. O volume é maior do que a coleta seletiva da Urbam (Urbanizadora Municipal S/A) leva para o aterro sanitário do Torrão de Ouro, na região sul de São José. Os agentes ambientais da empresa coletam 50,8 toneladas de lixo reciclável diariamente. A estimativa da Urbam é que mais de 1.500 pessoas se envolvam com coleta de lixo na cidade. Levando-se em conta apenas o valor da latinha de alumínio, uma das mais valorizadas, esse contingente pode movimentar cerca de R$ 230 mil por dia com a venda de lixo. “Eu vivo muito bem com o dinheiro que ganho recolhendo lixo. Não é uma atividade para qualquer um, é pesado, mas recompensa quem trabalha”, ensina Delgado.

Na cadeia do tratamento de lixo, coletores e empresários estão em lados opostos, mas convivem no mesmo negócio. Não raro, os primeiros conseguem se dar bem a ponto de chegarem ao topo da escala social do lixo. Filha de catadores, Maria Amélia Batista, 52 anos, deixou São José como catadora e tornou-se uma pequena empresária em Belo Horizonte (MG). A cidade é referência na coleta seletiva e Maria Amélia aproveitou. “Juntei parentes e abri uma firma. Estamos faturando com o lixo”, conta ela.

Estação de tratamento recebe visitantes na cidade

A Estação de Tratamento de Resíduos Sólidos, no bairro Torrão de Ouro, em São José dos Campos, recebe uma média de 3 a 4 mil visitantes por ano, entre estudantes, professores, e técnicos ligados à área, interessados em conhecer o tratamento do lixo na cidade.  O maior volume de visitas é de estudantes de escolas públicas e privadas por meio do Programa “Lixo Tour”. Nesse projeto, os estudantes conhecem toda a estrutura da Estação e o processo de tratamento do lixo orgânico e dos materiais recicláveis.

A visita começa com uma palestra educativa. Depois os estudantes conhecem o Museu do Lixo, o Centro de Triagem (onde são separados os materiais recicláveis), a Estação de Biogás (onde é feito o tratamento do gás gerado na decomposição do lixo) e o aterro sanitário.

O objetivo é eliminar alguns mitos e preconceitos com relação ao aterro, pois muitos não sabem diferenciar um aterro sanitário de um lixão, tendo uma impressão errada. Além disso, os alunos conhecem o processo de triagem dos materiais recicláveis e recebem informações sobre a maneira correta de separá-los em casa e na escola para destiná-los à coleta seletiva.  O agendamento para o Lixo Tour é feito pelo telefone: 3944-9434.

Prefeitura Municipal de São José

Publicado em: 08/05/2013

Urbam realiza obras em Estação de Resíduos

A Urbam inicia esta semana obras de infraestrutura na Estação de Tratamento de Resíduos Sólidos (ETRS), com a construção dos novos prédios da manutenção, oficina mecânica, posto de combustíveis, central de operações de coletas e seus estacionamentos. As atuais estruturas existentes serão demolidas futuramente para dar lugar à expansão do aterro sanitário (Área 4 – Fase C e Área 5 – Fase B).

As novas instalações vão proporcionar mais conforto aos funcionários, modernização das áreas de trabalho e melhor atendimento à população. Em breve, os resíduos sólidos urbanos da cidade passarão a ser depositados na área 5 do aterro sanitário. Essa nova célula está em fase final de preparação para receber o lixo.

São José dos Campos está investindo em melhorias na ETRS e tem cumprido as exigências técnicas para a operação do aterro sanitário, cujo reflexo é a nota 9,8 conferida pela Cetesb, referente ao ano de 2011.

Prefeitura de São José