Obras de planalto irão gerar mais de 900 empregos

O governo do Estado estima que as obras de duplicação do trecho de planalto da Rodovia dos Tamoios gerem 900 empregos diretos ao longo de dois anos. O número aparece em relatório técnico elaborado pelo Departamento de Avaliação Ambiental de Empreendimentos, órgão ligado à Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), para subsidiar o licenciamento ambiental da obra.

Na próxima terça-feira, o Consema (Conselho Estadual do Meio Ambiente) avalia os impactos do projeto para conceder ou não o licenciamento prévio, primeira de três etapas de aprovação dos órgãos ambientais as próximas são os licenciamentos de instalação e de operação.

Prefeituras da região comemoraram a estimativa de emprego como oportunidade de trabalho para desempregados e estudantes de cursos de qualificação. “Vamos disponibilizar para a empresa vencedora uma lista com os trabalhadores aptos a conseguir vagas”, disse Antônio Carlos de Barros (DEM), prefeito de Paraibuna. “Temos gente com capacidade para trabalhar.”

Licitação. A contratação só poderá ser feita após o processo de concorrência pública para escolher a empresa que duplicará a Tamoios. De acordo com a Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A), 27 empresas entre as maiores construtoras do país retiraram o edital de qualificação para a obra.

É desse grupo que sairão as companhias habilitadas para participar da licitação. O resultado das empresas selecionadas será conhecido até o final do mês. A expectativa do governo estadual é realizar o processo licitatório em um prazo de dois meses e iniciar as obras até o final de março do ano que vem.

A obra.Uma nova pista será construída ao lado da atual no trecho entre o km 11,5 e o km 60,4 da Tamoios, nas cidades de São José dos Campos, Jacareí, Jambeiro e Paraibuna. A previsão da Dersa é que as obras terminem em novembro de 2013. A duplicação está orçada em R$ 1,05 bilhão. Só o trecho do planalto irá custar R$ 1,05 bilhão.

Principal acesso às cidades do Litoral Norte, a estrada recebe hoje cerca de 12 mil carros por dia. A previsão é que o tráfego diário supere os 30 mil veículos em 2035. Pesquisa da CNT (Confederação Nacional do Transporte) revelou que a Tamoios é a pior estrada da região. A rodovia foi condenada por causa do número de acidentes, que subiu 145% entre 2005 e 2010.

A principal justificativa da duplicação, segundo o governo, é melhorar a segurança. Impacto.As interferências ambientais previstas na primeira etapa da duplicação da Tamoios a segunda irá contemplar o trecho de serra e a terceira, os contornos viários de Caraguatatuba e São Sebastião ainda não preocupam os ambientalistas.

“As encostas da estrada já estão bem depredadas. Não creio que a obra irá prejudicar ainda mais o ambiente”, disse o advogado Marcos Couto, do Instituto Ambiental Ponto Azul, de Caraguá. Para o deputado estadual padre Afonso Lobato (PV), presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Vale do Paraíba, o licenciamento ambiental da obra segue um processo “satisfatório”.

“Está dentro do cronograma definido pelo governo estadual e não vai atrasar o início da obra, que é urgente para a região”, afirmou. A previsão do Estado é de começar em janeiro a desapropriação de 250 terrenos e propriedades particulares entre São José e Paraibuna que estão na área da duplicação. O governo reservou R$ 70 milhões para a compra dessas áreas.

O Vale