Obras de Marginal retira mais de 20 árvores na cidade

Mais de 280 árvores estão sendo retiradas do canteiro lateral da via Dutra para a construção das pistas marginais no sentido São Paulo. As obras acontecem entre o km 151, na altura do viaduto da Kanebo, e o km 154, perto da Johnson & Johnson. O replantio de outras 27 árvores foi licenciado junto a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de São José dos Campos, em 2012.

Até o momento, foram transplantadas sete quaresmeiras, árvores nativa brasileira, para a área próxima à obra. Em contrapartida, a CCR Nova Dutra assumiu um compromisso com a Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), em 2012, de foram plantadas 6.011 mudas de espécies nativas às margens da estrada. Outras 1.164 mudas de espécies nativas brasileiras foram plantadas no distrito de São Francisco Xavier, em São José. O objetivo é recuperar as matas ciliares do local. Segundo o ambientalista Lincoln Delgado, é preciso que, no acordo, haja o compromisso de monitoramento das árvores. “Só plantar não basta. É importante cuidar das mudas plantadas por dois anos, que é o tempo previsto para que cada uma delas se estabilize e consiga sobreviver sozinha”, afirmou.

Ainda segundo ele, o transplante de árvores é bastante complicado já que as deixam fragilizadas. “Nem todas vingam. É muito difícil realizar o transplante. O ideal é que elas sejam já colocadas em um corredor florestal ou mata ciliar. Em um local isolado, ela não conseguirá exercer a sua função ecológica”, afirmou Delgado.

Obras. As obras começaram no início do mês de maio deste ano. Até o final da construção da marginal, o acesso do km 152, para São José dos Campos, estará fechado. Aqueles que quiserem acessar as regiões centro, oeste e sul da cidade deverá sair pelo Km 148. As novas pistas terão 11 metros de largura e contarão com duas faixas de rolamento. Além das duas faixas de rolamento e uma acostamento para o tráfego de longa distância. Isso aumentará a capacidade diária de tráfego no local em 15 mil veículos. O custo das obras é de R$ 27 milhões. E o término está previsto para junho de 2014.

A NovaDutra desistiu de fechar o acesso ao km 107,7, da pista sentido Rio de Janeiro, no trecho de Taubaté (próximo à Rodoviária Nova). A saída foi fechada no dia 26 de dezembro e reaberta no dia 28, em função das obras de ampliação e modernização do viaduto que fica próximo. A concessionário informou que não há previsão para que o local seja fechado novamente.

Embraer Cria Jato Verde com combustível de Cana

Embraer e suas parceiras no desenvolvimento de biocombustível para aviões Amyris, Azul Linhas Aéreas e a fabricante de motores GE anunciaram ontem a realização de um voo demonstração na Rio+20 com uso de combustível feito à base de cana-de-açúcar.

O voo, chamado de ‘Azul+Verde’, irá acontecer no dia 19 em uma aeronave E-195, avião de maior porte fabricado pela Embraer. No ano passado, as mesmas empresas realizaram um voo com o mesmo combustível em uma aeronave E-170.

Em comunicado, a Embraer afirma que “foram concluídos com sucesso os testes necessários para que um combustível renovável e inovador para jatos, seja utilizado em voo de demonstração por um jato E-195”. A fabricante está envolvida em diversos projetos relacionados a biocombustível.

Em um deles, é parceira da ‘gigante’ norte-americana Boeing e da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), que desenvolvem levantamento de todos os projetos de biocombustível no país para aprofundar pesquisas a partir de 2013. A Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, acontece de 13 a 22 no Rio.

O Vale

Empresas e Fapesp iram desenvolver combustível alternativo para aviões

A Embraer, de São José dos Campos, assina amanhã com a ‘gigante’ norte-americana Boeing e a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo) uma parceria para o desenvolvimento de pesquisas na área de biocombustível para o setor aeronáutico.

O acordo prevê a criação de um centro de pesquisas a ser incorporado por uma universidade paulista que será escolhida por edital. A proposta foi anunciada em julho e confirmada ontem durante a Fapesp Week, evento sobre ciência e tecnologia que acontece em Washington (EUA).

Com verba inicial de R$ 300 mil, o projeto será tocado, nos primeiros nove meses, por uma equipe liderada pelo engenheiro agrícola da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) Luís Augusto Cortez e pelo pesquisador do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) Francisco Nigro, que farão estudo sobre dificuldades da produção de biocombustível.

A intenção é definir qual combustível trará mais benefícios ao setor bioetanol ou biodiesel. Depois desses nove meses, o edital para a escolha da universidade parceira será lançado. Para participar das pesquisas, a Boeing, líder mundial no mercado de aviação, criou uma divisão chamada Boeing do Brasil, presidida por Donna Hrinack, que já foi embaixadora dos Estados Unidos no Brasil.

Para o economista da Unicamp, especializado no setor aeronáutico, Marcos Barbieri, a parceria vai de encontro com o que ele considera ideal para o sucesso do desenvolvimento de novos combustíveis para o setor de aviação.

“A busca por alternativas de combustíveis chamados ‘verdes’ no mundo está cada vez maior. Essas pesquisas devem ser fruto de uma união entre governo, empresas ligadas ao setor e os institutos de pesquisa das universidades. O país se prepara para ser, se não o maior, um dos maiores exportadores de biocombustível do mundo nos próximos anos”, afirma Barbieri.

O valor a ser desembolsado pelas empresas para as pesquisas não foi divulgado. De acordo com o diretor científico da Fapesp, Carlos Henrique de Brito Cruz, projetos da mesma espécie custam cerca de R$ 3 milhões por ano. Presidente da Boeing Internacional, Shep Hill, a presidente da Boeing Brasil, Donna Hrinak, o vice-presidente de Engenharia e Tecnologia da Embraer, Mauro Kern, além dos representantes da Fapesp Suely Vilela e Joaquim Engler.

SAIBA MAIS

Parceria
Embraer, Boeing e Fapesp se unem para criação de um centro de pesquisas de biocombustível para aviação

Colaboração
Uma universidade paulista será escolhida por edital para receber o centro de pesquisa

Projeto
Por 9 meses, equipe elaborará estudo para definir qual combustível trará maior benefício para o setor

Líder
Economista considera Brasil como um dos principais exportadores de biocombustível

O Vale