São José ganha Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher

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O Tribunal de Justiça de São Paulo instalou a terça-feira (17) uma Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher em São José dos Campos, a primeira da região do Vale do Paraíba, Serra da Mantiqueira e Litoral Norte.

Com competência cível e criminal, o órgão judicial é responsável por processar, julgar e executar as causas decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher.

“A criação dessa vara em São José dos Campos apoia e fortalece as ações da Prefeitura voltadas para combater a violência contra a mulher, mostrando-se valiosa a união de esforços para o desenvolvimento de políticas públicas essenciais ao enfrentamento desse tipo de violência”, afirmou o secretário de Promoção da Cidadania.
As Varas de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher têm competência voltada exclusivamente à aplicação da Lei 11.340/06, criada para prevenir, punir e erradicar a violência contra mulher. Essa lei ficou conhecida como “Maria da Penha”, em homenagem à mulher que, na década de 80, ficou paraplégica ao ser agredida pelo próprio marido.

Denúncias e atendimento às mulheres em situação de vulnerabilidade são atendidas pela Delegacia de Polícia de Defesa da Mulher (Avenida Anchieta 133), no Jardim Esplanada. Outras informações pelos telefones 3941-4140 e 3921-2372. A Delegacia de Defesa da Mulher presta atendimento de polícia judiciária e psicossocial à vítima de violência doméstica, familiar e sexual. Esse atendimento é realizado, em regra, por policiais do sexo feminino, visando minimizar constrangimentos comuns a estes tipos de delitos.

Ligue 180

Outra forma de receber apoio e informações sobre combate à violência contra a mulher é ligar para o telefone 180, ligação gratuita e anônima, que pode ser feita de qualquer telefone, inclusive celular.

PMs tem projeto sociais para manter jovens longes do Crime

A paz construída desde cedo é mais duradoura. Jovens que recebem orientação sobre os perigos da vida às margens da lei têm menos chance de entrar no mundo do crime. A constatação vem da experiência da Polícia Militar com projetos sociais implantados na Região Metropolitana do Vale do Paraíba.

Cerca de 30 mil crianças e adolescentes na região fazem parte de ações desenvolvidas pelos policiais todos os anos, em áreas como música, esportes e prevenção contra as drogas. A mais conhecida dessas ações é o Proerd (Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência), que forma em torno de 20 mil jovens por ano, entre 10 e 14 anos, para identificar e resistir aos apelos dos entorpecentes.

Inspirado no programa americano Dare (Drug Abuse Resistance Education), criado em Los Angeles em 1983, o Proerd consiste em aulas de 45 minutos uma vez por semana, durante 17 semanas, para identificar as drogas, conhecer os malefícios e desenvolver estratégias de resistência.

“Na hora de dizer não às drogas, faz muita diferença conhecer e saber do que se trata”, disse o tenente Pedro Henrique Nascimento. Desenvolvido desde 1994, o programa alcança 117 escolas estaduais e será ampliado para todas as 5.217 unidades do Vale até o final de 2013. Escolas municipais e particulares também podem solicitar à Polícia Militar a inclusão no Proerd.

Ao som forte de um bumbo, Sávio Caires, 14 anos, emendou o soneto de sua vida. Depois que passou a participar do projeto “Música nas Escolas” desenvolvido pela PM ele melhorou o comportamento e recuperou notas. No ano passado, 731 adolescentes como ele, de 10 escolas estaduais de São José, aprenderam noções de música em três modalidades: flauta doce, canto coral e fanfarra.

Para o sargento Marcos Cardoso Prudente, mestre da banda de música do CPI-1 (Comando de Policiamento do Interior), por meio das aulas os policiais conseguem transmitir bons valores, dicas de prevenção e segurança e, claro, noções de música.

“Com o apoio dos policiais e da música, melhorei o comportamento e a participação nas aulas”, disse Caires, que estuda na escola Olímpio Catão, na região central de São José.

Na sede do CPI-1, os policiais recebem semanalmente cerca de 40 adolescentes para aulas de instrumentos musicais, como bateria, violão e teclado. Trata-se do projeto “Clave de Sol”, que beneficia alunos, moradores da comunidade e estudantes do projeto Decolar, da Secretaria de Educação de São José.

O Vale

Tinta spray proibida para menores de 18

Foi publicada nesta quinta-feira (26) no Diário Oficial da União a Lei 12.408 que proíbe a comercialização de tintas em embalagens aerossol a menores de 18 anos. O texto prevê que a prática de grafite como manifestação artística não se configura crime.
Pela lei, sancionada pela presidente Dilma Roussef, a venda de spray em tinta só poderá ser feita a maiores de idade, mediante apresentação de documento de identidade. O texto obriga o comerciante a colocar na nota fiscal de venda a identificação do comprador.

As embalagens terão que conter, de forma legível e destacada, a seguinte expressão: “Pichação é crime (Art. 65 da Lei nº 9.605/98). Proibida a venda para menores de 18 anos”.
Quem descumprir a lei estará sujeito a multas e advertências até penas restritivas de direito, conforme o artigo 72 da Lei nº 9.605 de 1998. Fabricantes, importadores e distribuidores de produtores terão até 180 dias para fazerem as alterações na embalagem, segundo o governo.

O texto publicado nesta quinta-feira no Diário Oficial também atualiza o artigo 65 da lei de 1998, que trata sobre as punições para quem for flagrado pichando. A pena continua a mesma: detenção de três meses a um ano, e multa.
A lei, agora, diz que não é crime “a prática do grafite realizada com o objetivo de valorizar o patrimônio público e privado mediante manifestação artística”, desde que haja consentimento do proprietário, seja ele público ou privado, e também observância das leis em vigor sobre a questão.

FONTE: G1