Cidade analisa plano para beneficiar o Gacc

A Prefeitura de São José dos Campos estuda um pacote de benefícios para ajudar o GACC (Grupo de Apoio a Criança com Câncer) a superar a crise financeira. Endividada, a entidade acumula déficit mensal de R$ 200 mil. Após reunião com a presidente do GACC, Rosemary Sanz, realizada ontem no Paço, o prefeito Carlinhos Almeida (PT) disse que contratará cirurgias da entidade por meio do mutirão da saúde.

O petista também vai convidar o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a visitar o GACC em São José. A entidade, que atende toda a Região Metropolitana do Vale do Paraíba, tem cerca de 80% dos seus pacientes atendidos via SUS (Sistema Único de Saúde). “Carlinhos vai colocar todo o peso político dele para ajudar o GACC a aumentar seus recursos”, disse Paulo Roitberg, chefe de Gabinete.

Como “último recurso”, segundo Roitberg, a prefeitura estudaria a municipalização do GACC. Com isso, as vagas do SUS seriam geridas pela Secretaria de Saúde e os recursos poderiam ser ampliados. A vereadora Angela Guadagnin (PT), presidente da Comissão de Saúde da Câmara de São José, disse que a municipalização é apenas uma hipótese e tem que avaliada. “O tratamento feito no GACC é de alta complexidade e, por isso, de responsabilidade do Estado, que deve ser cobrado para aumentar os recursos. A municipalização só viria em último caso”, disse.

Na internet, a engenheira Carolina Nicolosi, 30 anos, criou uma petição online para colher mais de 1.000 assinaturas, que serão enviadas ao Ministério da Saúde. “Vamos pedir mais dinheiro do governo para o GACC”, afirmou. Para aderir basta acessar o link da petição.

 O Vale

Publicado em: 13/03/2013

Consulta no SPC podera ser feita pela internet agora

Consumidores de São José dos Campos e região já podem consultar, pela internet –e  de graça, suas dívidas no Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC). A consulta começou a ser oferecida pela empresa Boa Vista, que administra o serviço do SCPC. Para consultar os débitos no site o consumidor deve primeiro fazer um cadastro no site: https://www2.boavistaservicos.com.br/consumidorpositivo/consulta-de-debito.php

Depois de fornecer dados pessoais, o consumidor receberá um torpedo no celular com um número e um código no email. Em seguida, o consumidor poderá fazer a consulta no site. A iniciativa deve facilitar a vida de milhares de contribuintes que estão inadimplentes em São José dos Campos, de acordo com o Sincomércio (Sindicato do Comércio Varejista).

Somente no comércio da cidade 123.736 pessoas devem R$ 63.905.147. O número de devedores representa 20% da população da cidade. Depois de consultar os débitos, o consumidor poderá negociar a dívida. Em São José a negociação pode ser feita no Sincomércio, que fica na Avenida 9 de Julho, nº 211, na Vila Adyanna.

Publicado em: 08/02/2013

Edital nos EUA pode beneficiar rival da Embraer

Uma mudança na concorrência para escolher o fornecedor de caças para a Força Aérea dos Estados Unidos no programa LAS (apoio aéreo leve) pode beneficiar a Hawker Beechcraft, rival da Embraer na disputa de US$ 355 milhões.

Diferentemente da primeira concorrência, cancelada em fevereiro, o novo edital descarta a necessidade de um voo teste dos equipamentos em disputa. A Beechcraft seria beneficiada pelo fato de estar oferecendo uma aeronave ainda em fase de desenvolvimento, o AT-6, ao contrário do Super Tucano da Embraer, já utilizado em missões, como no combate às Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).

“À primeira vista, sim, (a mudança) ajuda (a Beechcraft). Vender para americano é algo complexo. Mas o avião brasileiro tem grandes chances. O Super Tucano talvez seja o único (avião) para o que eles querem. Tem excelente rendimento e armamento, capacidade para levar bombas”, disse o professor da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora-MG), Expedito Bastos, especializado no mercado de defesa.

Para Bastos, o momento seria de atrelar a concorrência do LAS ao programa F-X2, que prevê a compra bilionária de caças supersônicos pela Força Aérea Brasileira, no qual a norte-americana Boeing concorre com a sueca Saab e a francesa Dassault.

“(A união das concorrências) é bom para nós, que acabamos com uma novela de 15 anos (F-X2) e para a Embraer, que coloca seu avião na maior vitrine do mundo. O Brasil tinha que aproveitar a chance, é uma oportunidade única. No passado, já ganhamos e não levamos. Temos que fazer nosso ‘lobby’”, disse Bastos.

Após receber uma minuta das exigências do novo contrato, já com as alterações, o diretor-presidente da Embraer, Frederico Curado, havia dito que não considerava a retirada do voo teste um fator determinante na disputa.

“Não seríamos necessariamente prejudicados, (a não realização do voo teste) não seria determinante. Não somos uma empresa que desiste facilmente das coisas”, afirmou Frederico Curado, durante teleconferência com jornalistas para analisar o primeiro trimestre de 2012 da empresa.

Outras alterações no contrato são a inclusão de preços fixos para equipamentos de apoio, a manutenção dos valores no caso de novas encomendas e a falta de exigência da participação de pequenas empresas no projeto. Dificuldade. No final da última semana, a Beechcraft entrou em processo de concordata para quitar sua dívida de US$ 2,5 bilhões.

O programa LAS irá selecionar aeronaves a serem utilizadas em missões no Afeganistão contra insurgência de rebeldes. O vencedor será anunciado no início de 2013. As entregas estão programadas para o final de 2014.

O Vale

Embraer planeja novo projeto que irá beneficiar empresas

Em oito anos, a Embraer, de São José, pretende elevar a participação do seu segmento de Defesa e Segurança na receita da empresa dos atuais 15% para até 25% com o desenvolvimento de novos projetos, entre eles, o cargueiro KC-390, o satélite geoestacionário e o F-X2. Cerca de 120 empresas da região, potenciais fornecedores desses projetos da Embraer, estão de olho nesse crescimento, aponta o Cecompi (Centro para a Competitividade e Inovação do Cone Leste Paulista).

“Até então, tínhamos um produto: os aviões da Embraer. Isso (novos projetos) aumenta a expectativa das empresas da cadeia produtiva. Fazia muito tempo que não havia ao mesmo tempo tanto produto”, afirmou o secretário-executivo do Cecompi, Agliberto Chagas.

O KC-390, cargueiro militar que vem sendo desenvolvido pela Embraer, corresponde à maior parte da carteira de pedidos do segmento de Defesa e Segurança da empresa para 2012. Do total estimado de US$ 3,4 bilhões da carteira, US$ 2 bilhões são referentes ao cargueiro.

Para este ano, a expectativa é que haja a definição do preço do KC-390, o que deve dinamizar o processo de encomendas pelo produto. A reta final do desenvolvimento do cargueiro anima a cadeia de fornecedores do setor aeronáutico. Sem contar os motores, cuja fabricação inexiste no Brasil, o índice de nacionalização do cargueiro é de 80%.

“Você tem um portfólio na área de defesa em que estão previstos R$ 100 bilhões de investimento com a modernização das três Forças (Militares). A Embraer é uma das principais players desse setor, com condições de abocanhar boa parte desse montante. Se isso acontecer, seus fornecedores também irão se beneficiar”, disse Chagas.

Os primeiros testes em voo do KC-390 estão previstos para 2014 e o início das entregas para 2016. Até agora, o cargueiro possui 60 intenções de compras de governos estrangeiros. Outro projeto em que a Embraer aposta é o satélite geoestacionário, desenvolvido em parceria com a Telebras, que deve gerar negócios na ordem de R$ 700 milhões.

A criação da joint-venture entre as duas empresas passa por processo final de avaliação pelo conselho da Embraer e uma definição pode ser anunciada nas próximas semanas. Pelo memorando de entendimento assinado no final do ano passado, a empresa de São José teria 51% de participação na joint-venture, contra 49% da Telebras.

O Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) participará do projeto fornecendo as especificações do satélite. A sede da joint-venture será no Parque Tecnológico. A carteira de pedidos da Embraer e Segurança para este ano ainda conta com US$ 1,1 bilhão destinado a programas de modernização de equipamentos da Força Aérea Brasileira e da Marinha.

O Vale

Serão aprovadas atividades economica

A Câmara deve votar amanhã o projeto de lei que regulariza as empresas de ‘fundo de quintal’ em São José dos Campos. O texto lista 111 tipos de atividades econômicas de pequeno porte que poderão ser feitas em casa.

Inicialmente apresentado pela prefeitura em 22 de agosto, o projeto de lei foi ‘adotado’ por 13 vereadores da Câmara e reapresentado, com alterações no texto, em 22 de setembro. De acordo com a prefeitura, não houve mudanças no conteúdo do projeto de lei, apenas alterações na redação dos artigos.

A lei permitirá ao pequeno empreendedor que regularize e mantenha seu negócio em casa, em área não superior a 30% da área construída. Poderão se beneficiar da regra pessoas físicas e jurídicas (microempresas).

Com a documentação em dia, eles poderão vender produtos e prestar serviços para empresas e indústrias maiores, fornecendo nota fiscal. A expectativa da Secretaria de Desenvolvimento Econômico é que a nova lei beneficie em torno de 3.000 pessoas na cidade, metade delas com algum tipo de microempresa sem regularização. A outra parcela seria de novos negócios.

Vendendo calçados em domicílio a mais de 200 clientes, Célida Pinho, 42 anos, gostou da proposta. “É uma maneira de regularizar sem gastar muito dinheiro.” A costureira Helena Bezerra, 49 anos, vê a lei como uma chance de ampliar o negócio. “Posso crescer vendendo para grandes empresas”, disse ao Jornal O Vale.

Fonte: O Vale