O Sindicato dos Metalúrgicos é o responsável pela crise dos empregos na fábrica da General Motors em São José dos Campos. É o que aponta pesquisa O VALE/Mind. A sondagem, realizada entre os dias 29 e 30 de agosto, mostra que, para 30% dos eleitores pesquisados, o sindicato é o culpado pela crise trabalhista na montadora.
Para 20,3% dos entrevistados, a culpa é da própria GM. Outros 13% disseram que o governo federal é o culpado e para 7%, a responsabilidade é da prefeitura. Segundo o levantamento, para 0,7% dos pesquisados, a crise tem outros motivos e 16,5% responderam que todas as partes têm parcela de culpa.
A pesquisa mostra ainda que 3,3% não apontaram nenhuma das opções apresentadas e outros 9,2% não souberam ou não responderam. Foram ouvidas 600 pessoas e a margem de erro é de quatro pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada na Justiça Eleitoral.
Em julho, a montadora encerrou a produção dos modelos Corsa, Meriva e Zafira na linha de montagem MVA, que permanece produzindo apenas o Classic. A GM alega que a planta de São José é a menos competitiva do grupo no país e possui um excedente de 1.840 trabalhadores. No começo de agosto, a empresa e o sindicato firmaram acordo que possibilitou a suspensão temporária da demissão em massa na unidade.
Um grupo de 925 empregados teve o contrato de trabalho suspenso até novembro. Para voltar a investir na fábrica, a GM quer adotar medidas de flexibilização trabalhista, como redução e nova grade de salário, entre outras.
A sondagem foi estratificada por sexo, idade, escolaridade, religião, zona geográfica da cidade e renda familiar mensal.Considerando a idade, o maior percentual dos entrevistados, 34,2%, que apontaram o sindicato como o culpado pela crise têm de 25 a 34 anos.
Já entre os que acham que a GM é a maior responsável, o maior percentual, 32%, está entre os que têm de 16 a 24 anos. Considerando a renda, 39,7% dos que ganham acima de 5 salários mínimos disseram que a culpa é do sindicato, enquanto que para 21,7% que ganham até 3 salários a responsabilidade é da montadora.
A sondagem revela que 38,4% dos homens pesquisados apontam o sindicato como culpado e 22,2% das mulheres pensam o mesmo. Já para 18,3% dos homens e 22,2% das mulheres, a culpa é da empresa.
O Vale