Governador quer acelerar obras da Tamoios

O governo Geraldo Alckmin (PSDB) enfrenta hoje seu primeiro teste político após as eleições municipais com a votação do projeto que autoriza a obtenção de empréstimos para a obra de duplicação da Rodovia dos Tamoios e para a expansão do metrô em São Paulo.

O governo tucano quer acelerar a obtenção dos empréstimos e evitar a aprovação de emendas do PT, que tenta condicionar a ajuda do governo federal à proibição da privatização ou concessão da rodovia. O valor do empréstimo é de R$ 1,958 bilhão e será contratado junto a instituições federais. A mensagem solicitando autorização para a operação de crédito foi encaminhada pelo governador Alckmin à Assembleia Legislativa em agosto último e tramita em regime de urgência.

O governo não definiu o montante do empréstimo que será aplicado nas obras de duplicação da rodovia dos Tamoios, que já está em execução. A Secretaria de Transportes e Logística informou que a alocação de recursos se dará conforme o ritmo das obras, tanto da Tamoios como do Metrô. A pasta informou ainda que a verba da obra da Tamoios já está garantida no orçamento.

A bancada do PT na Assembleia apresentou um pacote de 15 emendas. Entre elas, a que pretende impedir que o governo do Estado realize a concessão, privatização ou transferência, a qualquer título, do controle acionário do Metrô e da nova Tamoios .

O deputado Gerson Bittencourt (PT), membro da Comissão de Transportes da Casa, disse que não faz sentido o governo contrair empréstimo para duplicar a rodovia e depois conceder à iniciativa privada. “A nossa proposta é para que a Tamoios não seja privatizada enquanto o governo não terminar de pagar o empréstimo”, afirmou o parlamentar.

Com relação às demais emendas, ele frisou que a intenção é dar mais transparência ao contrato da operação de crédito. Para o deputado Marco Aurélio de Souza (PT), de Jacareí, o pedido de empréstimo do governo é “genérico”.

“Não informa quando será efetivado, qual o prazo e condições de pagamento e não detalha a aplicação dos recursos.” As emendas da bancada petista foram rejeitadas pelo relator especial do projeto, deputado Samuel Moreira (PSDB), líder do governo na Casa, mas serão votadas em plenário.

O Vale

Publicado em: 16/10/2012