Às vésperas da reunião que pode selar o destino de 2.000 funcionários da General Motors em São José dos Campos, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) se comprometeu ontem a apresentar propostas à montadora para tentar evitar a demissão em massa.
Após se reunir em seu gabinete com a direção do Sindicato dos Metalúrgicos, Alckmin afirmou que vai procurar a direção da GM e o governo federal e propor que a empresa mantenha na cidade a produção do Classic para evitar a demissão.
“A nossa posição é totalmente favorável à manutenção do emprego”, afirmou. Anteontem, o ministro Guido Mantega (Fazenda) já havia descartado interferir na crise da GM. Alckmin disse que a permanência da produção do Classic em São José, além de garantir emprego, possibilitaria tempo para novos investimentos, com a criação de uma nova linha. Ele relatou que o Estado tem o programa ‘Pró-Veículo’ para estimular a atração de investimentos no setor no Estado.
O programa é financiado com a liberação de créditos retidos de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) em troca de investimentos no Estado. “Vamos entrar em entendimentos com a direção da GM e com o governo federal”, afirmou o governador.
O presidente do sindicato, Antonio Ferreira de Barros, o Macapá, disse que o encontro com Alckmin foi positivo. “O governador se posicionou claramente contra demissões na GM. Os governos federal e estadual podem evitar demissões em São José”, disse.
Desativação. A GM afirma que há excedentes de funcionários na linha de produção MVA. Dos quatro modelos montados no setor, apenas o Classic ainda é produzido. Segundo o sindicato, a maioria dos 1.500 empregados do MVA está ociosa com a redução da produção.
A reunião de ontem foi a última tentativa política do sindicato antes do encontro de amanhã com a GM para definir o destino dos operários. O prazo foi dado como final na negociação que se arrasta há um mês.
O Vale