Com foco no mercado, Empresas apostam em exportação

Em setembro do ano passado, os sócios Ivan Sant’Anna e Renato Pisani participaram da feira Copa Ícaro, na França, voltada a esportes ligados a voos livres. A intenção da dupla, dona da Adventure Instruments, de São José, era apresentar seus produtos aos aficionados em voo livre, no entanto, a viagem foi o início de uma nova fase da empresa.

Os equipamentos fabricados pela Adventure, responsáveis pela medição de correntes de ar, tempo de voo e informações de voos anteriores, despertaram o interesse de comerciantes europeus e, atualmente, são exportados para 12 países, entre eles, França, Alemanha, Itália, Áustria e Suíça.

A Adventure Instruments ilustra um cenário cada vez mais presente na região: o crescimento do número de empresas que vendem para outros países. O MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) não possui dados sobre este crescimento, que foi sentido pelo Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo).

“Temos visto esse crescimento aos poucos, principalmente de empresas incubadas. Hoje, está mais fácil exportar, até mesmo pelo correio, por Sedex. Elas se beneficiam deste momento mais que as grandes empresas pois os contratos são pequenos, mais curtos”, disse o diretor regional do Ciesp, Almir Fernandes.

A meta da Adventure para este ano é exportar para 50 países. “Não temos concorrentes no país. A exportação é fácil, fazemos tudo pelo correio e nunca tivemos problemas”, disse Pisani. “Exportar nos deu credibilidade no mercado interno”, acrescenta Sant’Anna. Hoje, a exportação representa 10% do total de vendas da empresa.

A Compsis, também de São José, fechou 2011 na 36ª posição no ranking de empresas mais exportadoras de São José. A companhia, que atua na área de tecnologia para sistemas de automação, arrecadação em pedágio e sistemas embarcados, vendeu o equivalente a US$ 1,4 milhão ao exterior no ano passado.

A diretora executiva de tráfego e transporte da Compsis, Rosângela Monteiro, destacou que no segmento de pedágio, carro-chefe da empresa, as exportações chegam a 20% do total de vendas da empresa. “Hoje em dia, o contato é maior”, disse Rosângela. Ainda assim, a executiva salienta que o mercado brasileiro está aquecido e continua sendo seu foco de atuação.

O Vale