Aluguel social para família do Pinheirinho é prorrogado

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) renovou o convênio com a Prefeitura de São José dos Campos para liberar mais seis meses de aluguel social aos ex-moradores do Pinheirinho. Ao todo, 1.750 famílias estão recebendo um benefício de R$ 500 por mês desde fevereiro. Cada uma delas também recebeu uma parcela única no valor de R$ 1.000 a título de auxílio-mudança.

O novo convênio, no valor de R$ 3,9 milhões, se limita ao pagamento do aluguel social por mais seis meses. O governo Geraldo Alckmin irá desembolsar a maior parte dos recursos previstos R$ 3,120 milhões, enquanto a prefeitura entrará com R$ 780 mil. A prorrogação dos benefícios foi publicada ontem no Diário Oficial do Estado.

O secretário de Desenvolvimento Social de São José, João Francisco Sawaya de Lima, o Kiko, confirmou a renovação do convênio. Segundo a administração municipal, serão atendidos os 1.750 moradores já cadastrados. O auxílio contempla todas as famílias sem-teto que possuem renda mensal inferior a três salários mínimos (R$ 1.866) e que não invadiram outras áreas.

As famílias sem-teto foram retiradas do Pinheirinho em 22 de janeiro, por determinação da Justiça. A inclusão delas no aluguel social foi anunciada pelo governador Geraldo Alckmin dois dias após a reintegração de posse. Na época, a repercussão negativa da operação, que envolveu 2.040 policiais militares na expulsão das famílias, levou o governo do Estado a construir, em parceria com o município, uma proposta para os sem-teto que amenizasse as críticas da opinião pública.

Alckmin também prometeu a construção de 5.000 moradias em São José em parceria com o governo federal até o final de 2014. De acordo com a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), o Estado já autorizou o início das obras de 1.317 moradias no Altos de Santana e no Putim. O governo irá investir R$ 102 milhões na construção desses conjuntos.

Segundo o coordenador regional da CDHU, Francisco de Assis Vieira Filho, o Chesco, serão cerca de 700 unidades no Altos de Santana, na zona norte, outras 400 no Putim e as restantes no São Judas Tadeu, na região sudeste.

As obras devem ser concluídas em até 18 meses, prazo em que o governo do Estado pretende manter o auxilio aluguel aos sem teto. “É compromisso do governador pagar o aluguel social às famílias do Pinheirinho até a entrega dessas moradias, que também irão atender a fila de espera da prefeitura”, afirmou Chesco.

Pelo projeto, as 1.317 moradias serão construídas por meio de prédios de até quatro andares. Cada unidade terá dois dormitórios. Segundo Chesco, outras 3.500 unidades serão construídas pelo Estado em parceria com o Governo Federal, por meio do Minha Casa, Minha Vida.

O Vale