Jovem da cidade consegue estágio no Facebook

A rede social mais popular do mundo é também o ponto de partida da carreira de um jovem de São José dos Campos (SP). Aos 21 anos, Gabriel Dalalio foi um dos selecionados para compor o time de estágiários do Facebook  e, desde fevereiro, passou a integrar um grupo seleto de profisssionais brasileiros que atuam no site.

No 5º ano de engenharia da computação do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), uma das insituições mais concorridas do país, o jovem foi aprovado em um teste no segundo semestre do ano passado para estagiar na empresa nos Estados Unidos.

O que era um sonho, virou realidade no último dia 4 de fevereiro. Aprovado em uma seletiva online, que contou com testes e entrevistas dos gestores do Facebook, ele trancou a faculdade no Vale do Paraíba e embarcou para Menlo Park, na Califórnia (EUA). A sede do Facebook fica em uma região conhecida como Vale do Silício, onde estão gigantes da computação e tecnologia, como o Google, a Microsoft e a Apple. Gabriel faz estágio atualmente no setor de programação de privacidade e mobile da rede social. Segundo ele, apesar de ser ainda um estágio, a função é um desafio, já que o site é bastante complexo.

Habilidade
Desde os 11 anos de idade, Gabriel participa de competições de conhecimento. Ele já ganhou mais de 14 medalhas nas áreas de matemática, física, astronomia e informática.

Percebendo a facilidade que tinha no aprendizado destas disciplinas e buscando desde os 14 anos ingressar em uma faculdade pública e posteriormente conseguir um estágio no exterior, investiu no estudo de algoritmos de programação – sem saber que este era o começo do caminho que resultaria em uma oportunidade, mais tarde, no Facebook. Dalalio revela a receita do sucesso nos estudos. “Aos 14 anos, nessa idade comecei a estudar melhor por conta própria, vendo coisas que não eram passadas na escola”, disse.

Futuro
Sem planos totalmente definidos para o futuro, Gabriel pretende inicialmente retornar ao Brasil após o fim do estágio, em maio, para terminar a faculdade. Depois ele pretende focar os esforços em conseguir um trabalho efetivo em uma grande empresa.

“Estou gostando de trabalhar com programação mas sei até onde posso chegar com isso. Algumas pessoas nessa área tentam abrir sua própria empresa, mas não sei se sou bom nisso, acho que vou tentar por enquanto conseguir ser efetivado em uma boa empresa, quem sabe no Facebook”, afirmou Dalalio ao G1. Ele emendou um elogio à empresa “Aqui é um lugar muito legal para se trabalhar”.

G1 (Vnews)

Publicado em: 04/04/2013

Moradores da cidade pregam por Paz na Região

Após morar 40 anos em Diadema, na região Metropolitana de São Paulo, o aposentado Olices Bettiol, 68 anos, mudou-se em novembro do ano passado para São José. Ele queria trocar a violência da metrópole pela calmaria do interior. Não deu muito certo. “Já estou assustado por aqui também. A situação está ficando feia.”

Feia a ponto de Bettiol se lembrar de Diadema no começo do ano 2000, quando a cidade registrou 238 assassinatos. “A gente saía de casa e não sabia se voltava. Era realmente assustador. E isso, para mim, é o oposto da paz”, diz.

Diadema enfrentou o problema com medidas rígidas, como a lei fecha-bar, e investimento em projetos sociais e profissionalizantes, postura defendida pelo aposentado para as prefeituras do Vale. “No ano passado, Diadema teve 35 assassinatos. Olha quantas vidas foram salvas, principalmente a de jovens. A região pode ir por esse caminho”, diz.

A sensibilidade de pessoas como ele, gente simples e conhecedora da vida real, mostra caminhos seguros para alcançar a paz. Eles sabem porque vivem as experiências dia a dia, sem alarde ou conjecturas sociológicas. Levando nos ombros a filha Rafaela Lima, de 3 anos, pelas trilhas do Parque Santos Dumont, no centro de São José, a assistente administrativa Tatiane Silva, 28 anos, exercita a promoção da paz.

Ela brinca com a filha como se também fosse criança, alegre e espontânea. Sem restrições ou preconceitos. É a paz em estado bruto e genuíno. “Trabalho fora e minha filha acaba sentindo a falta dos pais. Nessas horas de brincadeira, a gente tem que se envolver mesmo, ficar com ela e não fazer mais nada”, conta Tatiane.

Um relacionamento maduro, compartilhado e sem crises exageradas de ciúme é a receita do eletrotécnico Douglas Aragão, 24 anos, e da bailarina Yasmin Felix, 19 anos, para encontrar a paz através do amor. “Sentar num banco da praça para namorar e conversar, sem pressa, é a melhor coisa para a paixão saudável”, diz ele. Para a namorada, que dança desde os 7 anos, as artes têm um papel fundamental na formação da cultura de paz. “Praticar a cultura faz a gente se sentir bem consigo mesma, e isso é vital para a paz.”

Descendo acelerado a rampa da pista de skate, o comerciário Renan Ribas, 20 anos, faz do esporte sua bandeira de paz. Skate, surf, futebol e até lutas marciais, segundo ele, podem tranquilizar o espírito. “Quem se dá bem no esporte não busca a violência.” A opinião é compartilhada pelos amigos Kauan Vital, 16 anos, e Luiz Santos, 20 anos, que também apostam nos esportes radicais como instrumento de paz.

O Vale