Devido ao estado do aeroporto, rota diária é diminuida

A companhia aérea Azul irá reduzir a partir de janeiro seu número de voos no aeroporto de São José dos Campos. Atualmente, a empresa tem média de quatro rotas diárias para Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS).

A falta de estrutura do aeródromo administrado pela Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) seria o motivo da decisão da companhia, que deve manter apenas metade de suas operações na cidade.

Além da falta de local próprio para abrigar aeronaves durante a noite e do terminal de passageiros operar além de sua capacidade, outros detalhes referentes à estrutura desagradam as companhias que operam na cidade a Trip também tem três voos diários a partir de São José.

O VALE apurou que a brigada de incêndio para casos de emergências item essencial para que uma companhia opere no aeroporto é da Embraer, que disponibiliza o serviço por meio de um acordo informal entre as empresas.

A Azul informou somente que “está realizando ajustes na malha de São José dos Campos em razão da alta temporada”. “A companhia reafirma seu comprometimento com a cidade e seus cidadãos e estuda novos destinos ligando São José a outras cidades brasileiras em um futuro”, diz em nota.

José de Mello Corrêa, secretário de Desenvolvimento Econômico de São José, a decisão da empresa evidencia a necessidade da mudança na gestão do terminal a fim de agilizar o recebimento de investimentos. “O aeroporto não fornece espaço às companhias. A ampliação do estacionamento de carros não foi feita, nem o de aviões. Nenhuma aeronave ‘dorme’ em São José. A Infraero precisa ser mais ágil”, disse.

Ele lembrou que ainda não recebeu resposta da Secretaria de Aviação Civil, órgão vinculado à Presidência da República, quanto à proposta de municipalização do aeroporto apresentada em novembro.

A intenção do projeto é que uma empresa público-privada ou de capital misto assuma o controle do terminal para agilizar investimentos de melhoria na infraestrutura do local, possibilitando o aumento no número de rotas. A atual concessão do terminal de São José à Infraero termina em 2013. Mello destacou que a prefeitura irá solicitar uma reunião com a Infraero para tratar do assunto.

Membro do Deinfra (Departamento de Infraestrutura) da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Felipe Cury, afirmou quenas últimas reuniões da entidade percebeu que São José não está nos planos de investimentos futuros da Infraero. “São José é vítima da inércia da Infraero, que não faz nada e não deixa ninguém fazer. Precisamos dessa municipalização já. Dias piores virão”, disse Cury.

O Vale