O Corpo de Bombeiros começou a operar dentro do Copom (Centro de Operações da Polícia Militar) em São José dos Campos. Além de melhorar o atendimento ao público, a integração prevê a fácil troca de informações das ocorrências ainda em andamento, otimização do tempo e investimentos tecnológicos.
O projeto é piloto no Estado e foi instalado há três meses, após dois anos de estudo. Antes de começarem a operar juntos, foi necessário melhorar a estrutura física e o aplicativo de ligação entre as corporações. O centro de operação, que fica dentro do CPI-1 (Comando de Polícia Interior), conta atualmente com 24 pontos de atendimentos do 190 e 12 pontos do 193 apenas quatro dos Bombeiros estão em funcionamento nesta fase.
As ligações feitas nas cidades de São José dos Campos, Jacareí e Caçapava são direcionadas para o CPI-1. O policial que atende o chamado deve anotar as informações básicas como nome, local, entre outros e lançar para o centro de despacho em no máximo um minuto e meio. O policial do setor de despacho dá continuidade à demanda e prioriza a ocorrência que deverá receber policiais no local. Nessa situação, o atendimento deve ser finalizado em até 10 minutos.
Segundo o chefe do centro de operações, o capitão Sadi Fernando Stamborowski, por dia, a PM recebe em média 7.500 ligações. Desse total, 26% é preciso do emprego de viatura no local e 8% são trotes. O restante são de atendimento ao público.
Os horários críticos são a partir de 20h da sexta-feira e sábado até às 3h. Nos finais de semana, a maioria das ligações são da região sul com reclamações de perturbação de sossego. “Trabalhamos diariamente em cima de dados. A dispo-nibilização de imagens que algumas cidades oferecem, como São José, nos ajudam nesse trabalho. Os bombeiros estão sentindo isso”, disse. No Copom, os bombeiros recebem de 350 a 400 ligações por dia 13% são trotes.
Daqui a quatro meses, a sub-regional de Taubaté, que recebe ligações das cidades vizinhas, também deverá compor o quadro do Copom. As outras regionais, de Guaratinguetá e Caraguatatuba, serão instaladas em São José a cada quatro meses.
“O objetivo é concentrar todas as ligações junto à Policia Militar para dar mais agilidade nas ligações. Em casos de acidente, por exemplo, muitas vazes a pessoa liga antes para PM e depois para pedir socorro, o que atrasa e pode gerar problemas. Agora, em apenas uma ligação ela é atendida”, disse Luís Claudio Figueiredo, capitão comandante do 1º agrupamento do Corpo de Bombeiros de São José.
A Polícia Ambiental já demonstrou interesse em unir os atendimentos com as corporações, porém, precisa adotar medidas no sistema operacional o trabalho é manual. Já a Polícia Rodoviária Estadual recebe sinal de alerta na base em caso de necessidade de emprego do efetivo.
A Polícia Militar e Corpo de Bombeiros somam histórias engraçadas, estranhas e curiosas durante os atendimentos de ligações. Segundo o chefe do centro de operações, o capitão Sadi Fernando Stamborowski, há dois anos um preso do CDP do Putim ligou pedindo ajuda porque estava “com a cabeça selada para morrer”. “Ele nos deu o dia e a hora que isso aconteceria, disse que pediu um telefone emprestado para fazer essa ligação. Comunicamos a unidade, ele foi transferido e o crime não aconteceu”.
Capitão do Bombeiro, Luís Claudio Figueiredo disse que entre as histórias curiosas estão das de mulheres grávidas. “Recebemos uma ligação de uma mulher que estava desesperada, dizendo estar em trabalho de parto. Ao chegar no local, ela estava de mala na mão. Só queria condução”.
O Vale
Publicado em: 11/03/2013