A direção do Sindicato dos Metalúrgicos de São José tenta evitar a demissão de 1.840 trabalhadores da General Motors na cidade com mobilizações e protestos. Hoje, em São José, os sindicalistas esperam reunir boa parte dos 940 funcionários da GM que estão com o contrato de trabalho suspenso até 30 de novembro em uma passeata pelo centro da cidade.
Ontem, sindicalistas e representantes da empresa se encontraram para um nova rodada de negociação, que terminou sem acordo. Segundo Antônio Ferreira de Barros, o ‘Macapá’, presidente do sindicato, a GM manteve a meta de fechar a linha de produção MVA e colocar 1.840 trabalhadores na rua no final de novembro.
“Condicionamos qualquer discussão de propostas à manutenção dos empregos em São José”, disse Barros. Uma nova rodada de negociação está marcada para a próxima quinta-feira. Segundo o sindicato, a GM deverá responder se aceita ou não a proposta de manter os empregos e aumentar a produção do Classic em São José.
O modelo e a nova caminhonete S10 são os únicos fabricados atualmente na planta de São José. Na linha MVA, deixaram de ser montados Corsa, Zafira e Meriva. Barros informou ainda que os trabalhadores com o contrato de trabalho suspenso foram convocados para uma assembleia no sindicato hoje, às 10h. Eles serão informados dos rumos da negociação e da agenda de mobilizações.
“Estivemos em Brasília na última terça para envolver o governo federal nessa luta e evitar as demissões”, disse. A GM não comentou o assunto ontem.
O Vale