Produtos de limpeza tem indice de alta no preço

Deixar a casa limpa e manter a higiene pessoal não tem sido tarefa fácil para os moradores da região. Não que as donas de casa estejam encontrando dificuldades para fazer o serviço, mas a inflação dos produtos de limpeza e higiene tem pesado no bolso dos consumidores.

Em um ano, a alta do setor de higiene pessoal chega a 15% e a de limpeza doméstica a 5,77%, ambos acima dos 4,9% de elevação do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) no mesmo período. Somente em 2012, a alta dos produtos de higiene pessoal chega a 9,41%, com destaque para a inflação do barbeador, que subiu 30% entre maio de 2011 e o mesmo mês deste ano, e do absorvente, que ficou 11,52% mais caro.

A dona de casa Gelcy Shinzato, 65 anos, de São José dos Campos, percebeu a alta dos produtos. “Está tudo mais caro. Xampu, sabonete e até a pasta de dente, que era algo tão barato que você nem sabia o preço. Agora, a cada fórmula nova, o preço vai lá para cima, chega a R$ 8, R$ 9”, disse Gelcy.

No caso dos produtos de limpeza, os itens que mais tiveram inflação foram o sabão em pó (9,38%), sabão em pedra (9,07%) e desinfetante (7,47%). A dica do Nupes (Núcleo de Pesquisas Econômico-sociais) da Universidade de Taubaté, responsável pelo levantamento, é para que o consumidor pesquise o preço dos produtos em locais diferentes e troque as marcas mais caras por outras mais baratas.

O problema é que, para muitas donas de casa, a marca usada em determinados produtos é de confiança, o que dificulta novas experiências. “Não tem como deixar de comprar certos produtos. São coisas básicas. A estratégia é aproveitar quando essa marca está em oferta e comprar em maior quantidade”, disse a psicopedagoga Veronica Lessa, de 35 anos.

Presente no supermercado pelo menos uma vez por semana para repor os produtos de limpeza e higiene em falta, ela reparou no reajuste. “Desde o início do ano a compra está mais cara. Reparei principalmente a alta do amaciante e do sabão em pó”, disse Veronica.

Para o economista do Nupes, Edson Trajano, a inflação desses produtos está relacionada ao aumento do consumo em 2011, o que refletiu na falta de mercadoria. “No caso do barbeador, o preço do aço aumentou em 21,20% em 2011 e pode ter contribuído”.

O Vale