Prefeitura garante R$ 5 Milhões de investimento para Teatrão

O ainda misterioso grupo investidor de São Paulo que pretende investir no São José promete gastar R$ 5 milhões no arrendamento e recuperação do Poliesportivo da Vila Industrial, além de pagar R$ 30 mil mensais ao clube, em valores corrigidos anualmente por um indexador ainda indefinido.

Apesar do otimismo dos dirigentes do clube, a investida pode esbarrar em entraves legais, segundo especialista em direito público consultado pela reportagem, já que o terreno foi doado pela Prefeitura de São José dos Campos em 1981, com a finalidade de se construir o espaço social, esportivo e recreativo.

O arrendamento, que ainda será votado pelo Conselho Deliberativo do São José no dia 14 de dezembro, seria válido por 30 anos. Na noite de anteontem, a diretoria apresentou o projeto ao Conselho Deliberativo da Águia, que hoje publica edital convocando os demais membros a votar.

Segundo o presidente do São José, Robertinho da Padaria, o nome do grupo ainda é mantido em sigilo por um pedido dos próprios investidores.“Se eles autorizarem, eu divulgo ainda amanhã, sem problemas. Vamos fazer tudo às claras. Eles são uma empresa idônea e não será nada escondido”, disse o dirigente.

Robertinho se mostra animado com a proposta. “Vamos resolver dois problemas. Além de revitalizar o Poli, vamos usar 100% do dinheiro recebido mensalmente para destinar ao judiciário e pagar as dívidas trabalhistas”, afirmou.

O presidente do Conselho Deliberativo do São José, João Batista Cunha, o ‘Alemão’, promete avaliar bem a proposta. “Não tive ainda contato com o grupo (de investidores), tudo o que recebi veio da diretoria. Mas, a princípio, a proposta é muito boa para o São José. Vamos analisar com os pés no chão e ver o que é melhor par ao clube”, afirmou.

Segundo ele, não haveria nenhum impedimento legal no arrendamento. “O Poliesportivo é do São José, que tem a escritura definitiva da área. Na cláusula da doação, a exigência era de construir a parte social e esportiva, e isso já foi feito. O que não pode é vender para terceiro”, disse.

Em 1993, uma lei da então prefeita Ângela Guadagnin passou a permitir que o clube alugasse até 30% da área  hoje correspondente ao Casablanca, ao posto de gasolina e ao antigo Pizza Park.

O Vale