Planta começa a ser explicada pela GM e o Ministério

A General Motors e o Ministério do Emprego e Trabalho começaram ontem a orientar os funcionários da planta de São José dos Campos que terão o contrato de trabalho suspenso a partir da próxima segunda-feira, até o dia 30 de novembro.

Pelo acordo firmado entre a empresa e o Sindicato dos Metalúrgicos no dia 4 de agosto, dos 1.840 trabalhadores considerados excedentes pela companhia, 940 vão ter o contrato suspenso, medida denominada ‘layoff’. Os operários receberão auxílio de R$ 1.163 do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) e complemento salarial da empresa. Eles terão que frequentar cursos de qualificação.

A maior parte do grupo trabalha na linha de produção MVA, onde atualmente só é produzido o Classic. Na linha eram montados também o Corsa, Zafira e Meriva. Funcionários selecionados para o ‘layoff’ disseram acreditar que têm poucas chances de voltar para a empresa após o período de afastamento do trabalho.

“Vou tratar de procurar outra atividade. Acho que voltarei a ser caminhoneiro”, disse Ronaldo Gomes, 53 anos, há 17 anos trabalhando na GM. Ele avalia que os funcionários com mais idade e tempo de casa têm poucas chances de retorno. “A empresa quer gente nova com salário menor”, afirmou ele.

“Estamos numa situação difícil mas, se a GM der uma oportunidade, quero voltar para a empresa”, disse Adelson Alvarenga, 45 anos, 16 anos de empresa. Hoje acontece a primeira rodada de negociação entre a GM e o sindicato sobre o futuro da fábrica de São José dos Campos. O encontro será às 15h na própria empresa, segundo o sindicato.

O Vale