Perante a Crise, impacto na receita é pequeno

Estudo elaborado pela Prefeitura de São José dos Campos aponta que o fechamento da linha de montagem conhecida como MVA, da planta da General Motors na cidade, causaria impacto de apenas 0,4% nas finanças municipais.

O relatório foi feito pela Secretaria da Fazenda, a pedido do prefeito Eduardo Cury (PSDB), para dimensionar os impactos da redução da atividade da montadora na cidade. “Do ponto de vista da receita da prefeitura, o impacto é mínimo e somente seria sentido em três ou quatro anos”, disse o tucano.

Considerada a receita do município projetada para este ano, no valor de R$ 1,735 bilhão, a redução dos recursos com o fechamento dessa linha da planta da GM seria de pouco mais de R$ 8,5 milhões.  O estudo da prefeitura aponta que, das oito fábricas que formam o complexo da montadora em São José dos Campos, a MVA é a quarta em faturamento.

Cury revelou a  O VALE que a unidade de maior faturamento é a S10, onde é produzida a nova picape da empresa. A seguir estão as fábricas de motores e cabeçotes e de transmissões. Depois do MVA estão as unidades produtivas de CKD (kits para exportação), estamparia e demais unidades.  O prefeito disse que a Fazenda Municipal tem dados completos do faturamento das empresas, mas não revelou detalhes de valores.

O estudo aponta ainda que a cadeia produtiva do município que abastece a GM em São José teria pouco impacto. “Apenas duas empresas de autopeças são fornecedoras para a GM”, disse Cury. Além disso, segundo ele, a montadora já teria “reposicionado seus fornecedores com o desaquecimento da cadência produtiva da linha MVA”.

“São José dos Campos tem uma economia bastante diversificada, por isso, o impacto da redução das atividades da GM será compensada com o crescimento de outros setores da economia e do setor industrial”, afirmou o prefeito.  Para Cury, a grande preocupação é mesmo a questão do emprego. “Embora a cidade tenha capacidade de absorver, o impacto gerado por demissões sempre é preocupante”, disse.

Já o Sindicato dos Metalúrgicos tem outro estudo a respeito do impacto que a demissão na GM pode acarretar para a economia regional.  De acordo com os dados, se o total de demissões na montadora chegar a 1.500, em um ano o desligamento desses trabalhadores significa que deixariam de ser aportados na economia de São José dos Campos e região montante de cerca de R$ 103,4 milhões.

O Vale