Carro-chefe da Prefeitura de São José dos Campos, o funcionalismo será um dos maiores desafios do próximo ocupante do gabinete principal do 7º andar do Paço. As terceirizações das gestões do Hospital Municipal, do Hospital de Clínicas Norte, do Parque Vicentina Aranha e do Parque Tecnológico ampliaram os gastos fixos com pessoal, mesmo que indiretamente, comprometendo a capacidade de investimentos.
De acordo com dados fornecidos pelo governo Eduardo Cury (PSDB), hoje a prefeitura possui 13.052 servidores, sendo 9.090 na administração direta e 3.962 na administração indireta (Urbam, Fundação Cultural, Fundhas e Instituto de Previdência do Servidor).
A folha de pagamento mensal é de R$ 40 milhões, comprometendo 42,52% do orçamento municipal. No entanto, este valor não inclui os funcionários contratados pelas OSs (Organizações Sociais) que administram os hospitais, o Vicentina Aranha e o Parque Tecnológico. Os salários dos cerca de 2.000 servidores são pagos através dos repasses que o governo faz para estas entidades para custeio.
Além da ‘máquina’ administrativa mais cara, o próximo prefeito de São José terá que conviver com pressões para aumento de salários e realização de novos concursos públicos e terá que resolver as divergências geradas pelos novos planos de carreira.
A exemplo das outras áreas discutidas na campanha eleitoral, os candidatos Alexandre Blanco (PSDB) e Carlinhos Almeida (PT) divergem em relação ao modelo de gestão para o funcionalismo. Candidato da situação, o tucano rebate as críticas do Sindicato dos Servidores e promete manter e ampliar os novos planos de carreira e o sistema de meritocracia.
Ele também defende as terceirizações como forma de garantir mais agilidade e qualidade no serviço público. “Vou investir fortemente em capacitações e em treinamento para que os servidores dos planos de carreira novo e antigo possam ascender, garantindo a eles que o mérito os levará a obter melhores condições salariais e funcionais”, disse Blanco.
Principal candidato da oposição, Carlinhos adota uma postura mais cautelosa quando questionado sobre os planos de carreira, meritocracia e terceirizações. Ele disse que irá fazer avaliação rigorosa para decidir se os modelos serão mantidos. “Tudo que estiver funcionando bem será mantido. Sobre os planos de carreira, vou avaliar em conjunto com o servidor. Os direitos adquiridos serão mantidos e os méritos serão valorizados com critérios transparentes.”
O Vale