Motorista são prejudicados por interdições na Tamoios

As obras de duplicação da Rodovia dos Tamoios têm gerado transtornos para quem depende da estrada diariamente, mudando a rotina dos motoristas e trabalhadores das cidades do Vale do Paraíba e Litoral Norte. Eles reclamam principalmente do bloqueio total dos dois sentidos da rodovia para detonação de rochas.

Desde maio, quando tiveram início as obras, as interrupções do tráfego acontecem de segunda a quinta-feira, das 12h às 14h, gerando congestionamentos. Os serviços devem ser concluídos em 20 meses. Durante todo o dia, também são realizadas paralisações parciais de alguns trechos. Quando acontecem nos acostamentos, fica livre apenas uma pista.

São realizadas ainda obras à noite, mas sem interdições das pistas. A situação deve se agravar já a partir do mês que vem, quando com o fim do inverno aumentará o fluxo de veículos em direção às cidades do Litoral Norte, principalmente nos finais de semana.

Professores da região têm enfrentado problemas com paralisações, como atrasos e perdas de aulas. O mesmo acontece com estudantes que circulam pela rodovia nos horários de parada total. A professora Penha Aparecida Ferreira, que mora em Taubaté e dá aula em escolas de Paraibuna, mudou sua rotina para não chegar atrasada ao trabalho.

“Para que eu possa chegar no horário da minha aula, tenho que sair mais cedo de casa. Isto compromete minhas atividades da manhã”, disse a professora. Com as obras, empresas que trabalham com entregas também tiveram que alterar suas logísticas.

“Tivemos que trocar horários e ordem de distribuição. A gente acaba não trabalhando pela necessidade do cliente e sim pelo que a Tamoios permite”, afirmou Felipe Neder, representante de panificadora que atende restaurantes que ficam às margens da Tamoios.

Empresas de transporte coletivo estão planejando seus itinerários e escalas dos motoristas para que os ônibus não fiquem muito tempo parados. Já donos de lojas localizadas às margens da estrada comemoram aumento das vendas. “As paradas aumentam número de clientes. Acredito que houve aumento de 30% no movimento desde início da obra”, disse Antônio Carlos Leite.

O Vale