Cidade perde status de Mega Polo Automobilistico na Região

Principal polo do setor automotivo na região, São José dos Campos caminha para perder seu posto com o crescimento das cadeias produtivas em Taubaté e Jacareí. Na década de 80, a General Motors, que lidera a cadeia automotiva na cidade, empregava 12.500 pessoas. Hoje, possui cerca de 8.000 trabalhadores e pode ‘enxugar’ ainda mais em breve.

Na contramão da indústria automotiva, que anunciou recentemente investimentos para ampliação de fábricas e construção de novas plantas, a GM vive a expectativa de demissões com a saída de linha de modelos como Zafira e Meriva.

A nova versão das minivans será produzida na unidade da GM em São Caetano do Sul, no ABC Paulista. A cadeia produtiva que alimenta a GM também se difundiu pelo Vale. São 10 empresas de autopeças em São José, contra 20 em Taubaté, instaladas no parque industrial da Volkswagen.

Outras 20 fornecedoras deverão se instalar na fábrica da chinesa Chery, em Jacareí, no final de 2013. A guerra fiscal com outros municípios da região fez com que investimentos, como da fabricante de vidros automotivos AGC, fossem para Guaratinguetá. Lorena, também com incentivos fiscais, ‘fisgou’ a nova unidade de produção da fabricante de ônibus Comil. A Prefeitura de São José não considera o risco de perder o posto de polo automotivo da região.

Para o economista do Núcleo de Pesquisas Econômico-sociais da Universidade de Taubaté, Edson Trajano, a vocação exportadora da indústria automotiva de São José fez com que a cidade sentisse mais o processo de descentralização na produção das montadoras no país.

“Praticamente toda a produção de carro em Taubaté é voltada para o mercado interno, enquanto em São José, tem um maior peso o setor externo”, disse.

O Vale