Perueiros da cidade ocupam Paço Municipal por protesto

Um grupo de permissionários do transporte escolar de São José dos Campos se reuniu com a prefeitura, na manhã de ontem, para tentar reverter uma provável mudança na lei que regulamenta a atividade no município. Um projeto de lei de autoria do Executivo, aprovado na última quinta-feira, torna ilimitado o número de alvarás concedido pela prefeitura, o que aumentaria a concorrência no setor. Contrários à mudança, cerca de 200 permissionários foram ao Paço Municipal pressionar o prefeito Carlinhos Almeida (PT) a rever o projeto de lei aprovado na Câmara.

Enquanto o grupo protestava do lado de fora, cinco representantes do transporte escolar foram recebidos pelo chefe de gabinete do governo, Paulo Roitberg, e pelo secretário de Defesa do Cidadão, José Luís Nunes. A reunião ainda teve a presença de integrantes das secretarias de Educação e Transportes.

“Passamos nossa proposta ao governo. Eles ficaram de analisar e dar um parecer até a próxima sexta-feira. Estamos decepcionados, porque não esperávamos uma mudança como essa nesta gestão. Do jeito que foi aprovado, vai sucatear o transporte escolar na cidade”, afirmou a permissionária Maria Aparecida Bacelar Santos, de 52 anos.

Pela legislação vigente, um alvará é concedido a cada 530 alunos. Pelo projeto de lei aprovado pela Câmara, qualquer interessado pode entrar com documentação na prefeitura e conseguir autorização para trabalhar no setor.

Por meio da assessoria, a prefeitura informou que “recebeu a pauta de reivindicações e vai analisá-la. Novo encontro será agendado ainda nesta semana para dar respostas sobre as sugestões. “Há um compromisso de não sancionar a lei antes desse retorno”, informou o Gabinete do prefeito, por nota.

O Vale

Publicado em: 09/04/2013

Integração de Cartão de Passe nas Vans é analisada

A Secretaria de Transportes de São José dos Campos finaliza estudos técnico e jurídico que apontarão a viabilidade da integração do transporte alternativo, feito por vans, ao sistema de catraca eletrônica usada nos ônibus da cidade.

Motoristas das vans pressionam o governo desde o ano passado para implantar o bilhete eletrônico no transporte alternativo. Hoje, eles só podem receber o valor da passagem em dinheiro, o que teria causado uma queda de até 50% no volume de passageiros.

De acordo com a Associação do Transporte Alternativo de São José, a integração é uma forma de sobrevivência para os alternativos. “Estamos há 15 anos levando passageiros na cidade e não podemos ficar de fora do sistema. Hoje, o alternativo está segregado”, disse Fauze Conceição, presidente da associação.

Ontem, os motoristas de vans participariam de uma assembleia na Câmara de São José. Eles decidiriam pela defesa da instalação de catraca eletrônica nas vans ou se optariam por um modelo alternativo de integração. Segundo o advogado da associação, Lélio Granado, os alternativos poderão defender uma tarifa diferenciada para operar na cidade, deixando de lado a integração com os ônibus. O valor não foi definido, mas poderia ser mais baixo do que a tarifa de R$ 3,30.

“Alguma coisa precisa ser feita para a gente ser integrado ao sistema. Do jeito que está, só estamos perdendo passageiros. A situação está muito difícil”, disse Conceição. Motorista desde 2007, João Batista, 48 anos, espera que a prefeitura decida pela integração. “Acho o jeito mais fácil para o passageiro.”

Os motoristas afirmam que a demanda de passageiros caiu radicalmente desde abril de 2011, quando o sistema de cartão foi 100% integrado nos ônibus. “A gente levava até 450 passageiros por dia, mas hoje a média é de 230”, disse Everton Santos, 30 anos. No começo de fevereiro, o secretário de Transportes de São José, Wagner Balieiro, se reuniu com representantes dos alternativos.

Ele pediu 30 dias para realizar estudos técnicos e jurídicos sobre a viabilidade da integração. A secretaria informou ontem que os estudos ainda estão em andamento e que podem estar prontos nas próximas semanas. Para o vereador Dilermando Dié (PSDB), que apoia o movimento do transporte alternativo, a falta de integração virou uma “angústia para os motoristas”. Ele pediu “sensibilidade” ao governo.

O Vale

Publicado em: 07/03/2013

Vans Alternativas cobram cartão de passe na cidade

Os motoristas de vans do transporte alternativo de São José dos Campos vão pressionar o governo Carlinhos Almeida (PT) para conseguir a integração com os cartões eletrônicos utilizados pelos ônibus. O sistema permite ao passageiro pagar um único bilhete para usar várias linhas. A Associação do Transporte Alternativo da cidade reclama que a gestão de Eduardo Cury (PSDB) prometeu, mas não cumpriu a integração.

A categoria afirma ter perdido quase metade dos passageiros depois que o cartão foi adotado pelos coletivos e o passe de papel, extinto no final de 2011. O novo secretário de Transportes, Wagner Balieiro, disse que vai solicitar uma avaliação técnica e jurídica sobre o impacto da medida no transporte público.

Os motoristas de van afirmam que a demanda de passageiros caiu radicalmente desde abril de 2011, quando o sistema de cartão foi 100% integrado nos ônibus. “A gente levava até 450 passageiros por dia, mas hoje a média é de 230”, disse o motorista Everton Santos, 30 anos.

le diz que, mesmo em horários de pico, os usuários preferem os ônibus. “Eles esperam a gente passar para dar sinal, mesmo quando paramos antes dos ônibus”, afirmou Santos. “Tenho colegas que entregaram o alvará porque não estavam aguentando mais”, disse um motorista de 32 anos.

A integração da bilhetagem eletrônica com as vans tem o apoio da maioria dos passageiros ouvidos. “Se legalizaram as vans, é correto que eles também possam oferecer os mesmos serviços que os ônibus”, disse a auxiliar de departamento pessoal Zoraida Abdel Aziz, 48 anos.

Ela disse que ainda prefere as vans, mesmo com a limitação na forma de pagamento. “Eu prefiro pagar com dinheiro, mas usar as vans que são mais rápidas”, afirmou. Quem lucrava indiretamente com as vans também sente o prejuízo no bolso. “Isso aqui era lotado antes, agora o movimento caiu muito”, disse o vendedor ambulante Benedito Magela, 39 anos, que ontem estava com o isopor cheio em um ponto de embarque ao lado da praça Afonso Pena, no centro.

O presidente da Associação do Transporte Alternativo de São José, Fauze Conceição, afirmou que irá cobrar da prefeitura a integração do sistema. “Com essa mudança nagestão, vamos buscar agendar uma reunião com o novo secretário [de Transportes].”

Conceição disse que chegou a se reunir com representantes da administração passada, mas que não houve resultado prático. “Só ocorreram tratativas, agora tudo vai partir do zero novamente”, disse. O presidente da associação disse que não irá aceitar mudança nos itinerários. “A nossa luta é para colocar o sistema de cartão sem alteração de itinerário, queremos continuar nas linhas que já fazemos.”

Atualmente, as vans transportam 16 mil passageiros por dia em São José. São 80 carros que circulam em 16 linhas. Wagner Balieiro, que assume efetivamente o cargo de secretário de Transportes hoje, disse que irá estudar a possibilidade da integração da bilhetagem eletrônica nos alternativos. “Vamos ver os estudos que já existem, a legislação relacionada ao assunto e depois, com os dados, tomar alguma decisão”, afirmou.

Balieiro disse que os estudos servirão para avaliar a necessidade de cartões nas vans. “Precisamos saber do impacto que isso representa na cidade, no transporte feito nos ônibus. Vamos ouvir a todos.”

O Vale

Publicado em: 04/01/2013