O Sindicato dos Metalúrgicos de São José vai distribuir cerca de 100 mil cartas abertas à população com o objetivo de chamar a atenção para a crise na General Motors que envolve o futuro de 1.500 operários, além de utilizar a rede social como mais uma ferramenta na luta pelo emprego.
Amanhã, acontece a primeira reunião do ano entre montadora e sindicato. “Tudo isso faz parte da campanha contra as demissões na GM”, disse Luiz Carlos Prates, o ‘Mancha’, diretor do sindicato. Segundo ele, as cartas começaram a ser distribuídas ontem em São Caetano do Sul e serão entregues nas principais fábricas do Vale.
Representantes da GM e do sindicato vão se reunir amanhã para mais uma rodada de negociações. O encontro será no período da manhã, na GM. “A nossa expectativa é que a empresa volte atrás e mantenha o emprego dos trabalhadores”, afirmou.
Na quinta-feira, um dia após a reunião, haverá assembleia na sede do sindicato, às 9h. Outras duas reuniões estão agendadas para os dias 18 e 22, sendo que o encontro antes previsto para dia 23 foi antecipado um dia. Os 1.500 operários ameaçados de demissão atuam no MVA, setor onde antes eram montados quatro modelos e hoje há apenas um, o Classic, que está sendo transferido gradualmente para a unidade da GM na Argentina. Deles, 779 estão com o contrato suspenso desde 27 de agosto de 2012.
Procurada ontem por O VALE, a GM não com comentou o assunto. 346 funcionários da Sadefem estão parados desde ontem. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, a empresa reforçou a segurança e impediu a entrada dos operários. Agora, eles aguardam decisão judicial que obriga a empresa a pagar os salários atrasados.
O Vale
Publicado em: 15/01/2013