Prefeito pretende ampliar creches na cidade

A Secretaria de Educação de São José dos Campos vai priorizar as creches próprias, de administração direta, e os convênios com instituições especializadas e filantrópicas para ampliar as vagas na cidade. A meta é zerar, até o final de 2016, o déficit de cerca de 6.000 vagas em creches. Para tanto, serão reforçadas as parcerias com creches e escolas privadas. O modelo de creche conhecido como Cedin (Centro de Educação Infantil), no qual a prefeitura cede o prédio para a gestão de uma entidade contratada, vai perder espaço no plano de aumento das vagas.

Segundo Célio Chaves, secretário de Educação, esse modelo vai continuar em funcionamento, mas não será mais prioridade. A razão é o histórico de problemas trabalhistas que entidades administradoras de Cedin já enfrentaram, o que pode ser evitado nos outros modelos de creche prédio próprio e administração direta e o Cecoi (Centro de Convivência Infantil), que é todo terceirizado. “Prioridade é universalizar a educação infantil. Estamos priorizando todas as ações que gerem mais vagas.”

Ministro assina contrato para construção de 10 creches

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e o prefeito de São José, Carlinhos Almeida (PT), assinam hoje um convênio para a construção de 10 creches no município. As obras serão incluídas no programa “Creche Para Todos”, que tem como objetivo ampliar a oferta de vagas em creches e pré-escolas.

Segundo a pasta da Educação, a demanda na cidade é de cerca de 7.000 vagas para crianças de 0 a 3 anos de idade em creches em período integral e outras 1.500 para a pré-escola (crianças de 4 e 5 anos). Estudo elaborado pela Secretaria de Educação, baseado em dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2010, aponta que hoje existem no município aproximadamente 17.500 crianças entre 0 a 4 anos de idade fora da escola.

A rede municipal de atendimento ao público infantil tem 135 unidades entre creches, escolas e entidades conveniadas. Ao todo, são atendidas 21.547 crianças na educação infantil, das quais 8.098 entre creches conveniadas e unidades da rede municipal. Além de ações de rees-truturação da rede, haverá ampliação dos convênios com entidades sociais e construção de novas unidades escolares.

A previsão é de construção de 13 unidades, sendo 10 em parceria com o governo federal por meio do ProInfância,do PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento). A visita de Mercadante está prevista para as 10h, na escola de educação infantil do bairro Jardim Copacabana. No período da tarde, o prefeito participa de evento para a assinatura de contratos para a construção de 876 casas populares destinadas a famílias com renda de até R$1.600 por mês. Os novos empreendimentos serão nas regiões leste e norte da cidade.

O valor total dos investimentos é superior a R$ 83,8 milhões, sendo R$ 66,4 do governo federal e R$ 17,2 do governo estadual. Segundo a Caixa Econômica Federal, trata-se de um convênio firmado entre o governo federal e o governo do Estado de São Paulo “que visa estimular e dar mais efetividade” à construção de moradias do programa Minha Casa, Minha Vida no Estado.

O Vale

Publicado em: 05/04/2013

Creches da cidade reabriram em Janeiro na cidade

A Prefeitura de São José dos Campos determinou o funcionamento de creches municipais em janeiro. A medida desagradou o Sindicato dos Servidores Municipais, que acredita ser prejudicial para os professores, por ser período de férias. A entidade afirmou que vai acompanhar a situação.

Segundo informações da Secretaria de Educação, a decisão visa atender solicitações de pais que trabalham durante o período de férias dos filhos e precisam do serviço de creche. Funcionarão sete Pontos de Atendimento Especializado: três na zona sul, dois na zona leste, um na região norte e um no centro.

Preocupação. Márcia Vanzella, diretora do sindicato e professora da educação infantil, afirma que os professores foram informados há cerca de 15 dias e não foram consultados sobre o assunto. “Janeiro é o período de férias dos professores. Isso foi uma conquista, já que o fato de eles saírem em férias durante o ano letivo prejudicava o andamento das aulas”, disse.

Ela afirmou ainda que, há tempos, as creches costumavam funcionar nas férias letivas, mas a adesão era pouca.
“Foi por isso que conseguimos instituir o mês como época de férias para os educadores”, explicou. De acordo com Márcia, o sindicato está preocupado com as condições de trabalho dos professores e com o cansaço das crianças.

“Compreendemos a dificuldade dos pais, mas acreditamos que isso pode prejudicar os educadores porque ficarão muito cansados. Sem contar que as crianças também precisam descansar e conviver mais com a família.” A Secretaria de Educação informou que, apesar de ainda não ter o número exato de crianças que serão atendidas, em janeiro há pouca adesão.

A administração municipal também compreende a necessidade do convívio familiar das crianças, mas explica que está atendendo a solicitações feitas pelos pais.

O Vale