Banco da cidade tem alta nos indices de empréstimos

A média dos empréstimos do BEJ (Banco do Empreendedor Joseense) cresceu 33% de janeiro a abril deste ano frente ao mesmo período de 2011. De R$ 1.701, o valor subiu para R$ 2.274. Com o montante de 2012, o banco alcançou a marca de R$ 14 milhões negociados desde sua criação, em 1998.

“É uma marca expressiva, com a média de R$ 1 milhão por ano”, disse o diretor do BEJ, José Carlos Inojosa. O crescimento no valor dos empréstimos é motivado, principalmente, pela maior formalização dos clientes. Do total dos 1.672 usuários, 53% são formalizados, crescimento de 28% em relação a 2008.

“Isso mostra que temos ajudado o comércio de pequeno e médio porte da cidade”, disse Inojosa. Entre os atrativos do BEJ estão a menor taxa de juros para financiamentos e a facilidade para realizar as operações financeiras.

Segundo o diretor do BEJ, nem mesmo as seguidas reduções nas taxas de juros dos bancos públicos e privados fizeram com que o banco joseense perdesse clientes. “Esse ano temos emprestado mais que no ano passado. A questão é que houve de fato redução das taxas dos bancos, mas não é para todo mundo, são muitos requisitos”, afirmou Inojosa.

A artesã Vivi Cezário, 33 anos, viu no BEJ uma chance de expandir seu negócio. Desde que abriu seu ateliê no Putim há oito anos, Vivi recorreu ao empréstimo do banco pelo menos oito vezes. “Como trabalho em vários segmentos, peguei vários empréstimos, um para cada segmento. Já renovei o maquinário, comprei produtos e, atualmente, utilizo o empréstimo para a informatização da loja. Estamos montando um blog e depois faremos um site”, disse a artesã.

Ao todo, Vivi, que saiu da informalidade há dois anos, já utilizou R$ 14 mil para ampliar seu ateliê. O cliente pode hoje, dependendo do caso, solicitar o valor máximo de R$ 15 mil para empréstimo. A intenção do banco é expandir este limite. “Já estamos em conversações com o governo federal para conseguir mais aporte”, afirmou Inojosa.

O Vale

Apartir de quinta-feira (17) redução de juros na cidade

O Banco do Empreendedor Joseense (BEJ) e o Banco do Povo Paulista (BPP), iniciam a partir desta quinta-feira (17) a redução de 30% sobre as taxas de juros mensais, caindo da faixa de 0,7% a 3,9% para 0,5% a 2,7%, dependendo das modalidades de crédito. Por meio desta iniciativa, os bancos visam ampliar a margem de clientes e facilitar as oportunidades de crédito para empreendedores formais ou informais, inclusive os produtores rurais, que tinham dificuldade ou nem tinham acesso ao mercado comercial de empréstimos.

Para facilitar o atendimento, os dois bancos funcionam no mesmo endereço (Rua Vilaça 576, no Centro) e os juros baixos e a não cobrança de tarifas são os principais diferenciais do BEJ em relação aos bancos convencionais, além da rapidez na análise e liberação dos créditos e flexibilidade na exigência de garantias.

O BEJ tem linhas de crédito para capital de giro (compra de mercadorias) e capital fixo (reformas de equipamentos, ponto comercial e compra de máquinas e bens duráveis), que variam de R$ 200 a R$ 15 mil, além da linha de troca de cheques pré-datados de venda ou prestação de serviços efetuados pelos empreendedores.

Para obter empréstimo é necessário que o interessado não tenha o nome negativado no SCPC ou Serasa e que o empreendimento esteja no município. Para empreendedores do ramo de alimentação e saúde é necessário ainda o alvará de funcionamento emitido pelo órgão competente.

O BEJ não exige que os interessados no crédito sejam legalmente constituídos como pessoa jurídica, porém, em determinados casos, eles precisam necessariamente formalizar a situação. O atendimento é feito de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h. Mais informações pelo telefone (12) 3923 4363 e no site do BEJ.

O Banco do Empreendedor Joseense foi implantado em 1998 pela Prefeitura de São José dos Campos em parceria com Associação Comercial e Industrial (ACI), Univap e Ciesp, com o objetivo de atender uma faixa de empreendedores que não tinha acesso ao mercado comercial de empréstimos. Desde a inauguração, o BEJ já emprestou R$ 13 milhões para 1.638 clientes.

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