O programa Academia ao Ar Livre, mantido pela Secretaria de Esportes de São José dos Campos, corre risco de ser revisto por falta de recursos financeiros para a manutenção dos monitores que auxiliam os frequentadores do espaço.
O secretário municipal de Esportes, João Bosco da Silva, informou em nota que os recursos financeiros disponíveis são suficientes para a manutenção das academias só até agosto deste ano. “A atividades seguem normalmente até agosto. A Secretaria de Esportes e Lazer procura alternativas para não permitir que estes e todos os demais programas desta pasta fiquem descobertos”, afirmou.
João Bosco, no entanto, não detalhou as “alternativas” que estão sendo analisadas pela pasta. A Secretaria da Fazenda identificou que faltam R$ 2,033 milhões no orçamento deste ano para cobrir o pagamento dos 220 educadores físicos que trabalham nas 100 academias.
Elas foram implantadas na gestão do ex-prefeito Eduardo Cury (PSDB). Uma das alternativas é remanejar verba, mas, por enquanto, nada está definido. O secretário de Esportes garantiu ontem que a intenção do governo é manter o projeto. Segundo avaliação do secretário, o programa é muito importante para a cidade e é prioridade do atual governo mantê-lo. “As pessoas continuarão a ser atendidas e não haverá demissões”, informou.
Outro programa que corre risco é o convênio firmado pela gestão anterior com a FVE (Fundação Valeparaibana de Ensino), por meio da Universidade do Vale do Paraíba, mantida pela entidade, para “desenvolvimento do desporto e lazer em centros poliesportivos e unidades associadas da prefeitura”.
De acordo com a secretaria, a parceria termina no dia 31 de agosto deste ano. A assessoria da pasta informu que o convênio será “honrada pela atual administração, muito embora o governo anterior não tenha feito qualquer previsão orçamentária para os meses de setembro a dezembro deste ano”. O valor é de R$ 3,5 milhões.
O ex-secretário da Fazenda José Liberato Júnior afirmou ontem que o prefeito Carlinhos Almeida (PT) assumiu o governo com um superávit financeiro de R$ 120 milhões, além de dispor de mais R$ 90 milhões em ações. “O governo Eduardo Cury deixou recursos financeiros para pagar todos os compromissos que venceriam até o dia 31 de dezembro. Agora, cabe ao novo governo fazer gestão das receitas futuras. Nos últimos 16 anos, foram muito os superávits alcançados”.
O Vale
Publicado em: 27/02/2013