Tempo na região fica seco e agrava casos crônicos

A umidade relativa do ar desceu ontem a 18% em São José dos Campos e a 19% em Taubaté. O tempo seco atingiu o estado de alerta, pela classificação da OMS (Organização Mundial da Saúde). A situação pode piorar ainda mais, porque não há previsão de chuva até pelo menos o fim deste mês.

Segundo o professor de otorrinolaringologia da faculdade de medicina da Unitau Leandro Oliveira de Souza, o tempo seco aumenta as chances de infecções e doenças respiratórias.  De acordo com o médico, a camada interna do corpo humano resseca e abre espaço para entrada de vírus e bactérias.

Além disso, o nariz fica congestionado e compromete o bom fluxo respiratório do corpo humano. “O sistema respiratório é um só. Quando a entrada está comprometida, todo o resto se compromete” As principais doenças que aparecem no tempo seco são sinusite, otite, amidalite, laringite, bronquite, pneumonia e asma.

Segundo o Cptec/Inpe, o tempo deve permanecer seco ao menos até o final do mês. Não há previsão de chuva. “Há uma grande massa de ar seca estacionada na região, o que aumenta o calor e reduz a umidade do ar. É algo comum nesta época do ano” disse o meteorologista Felipe Farias. Há 36 dias não chove na região. A última registrada foi no dia 17 de julho.

O tempo seco também é responsável pelo aumento no número de queimadas na região. De 1º de agosto até ontem, o Corpo de Bombeiros de São José registrou 90 ocorrências de fogo em mato na cidade. O número é maior que os últimos quatro meses juntos. De janeiro até ontem, já foram registrados 248 ocorrências.

Os principais focos de incêndio da cidade são a zona sul e leste, com 85 e 73 ocorrências registradas, respectivamente. Em Taubaté, neste mês foram registrados 65 ocorrências de fogo em mato. Segundo o Corpo de Bombeiros, antes da estiagem não houve registros. Os principais focos de incêndio são os bairros Campos Elíseos e Barreiros. Os bombeiros trabalham em parceria com a Defesa Civil no combate a incêndios.

O Vale