A restrição ao tráfego de caminhões em algumas ruas e avenidas da região central de São José dos Campos parece não intimidar quem está ao volante das carretas. Pelo menos foi o que apurou O VALE ao conversar durante esta semana com comerciantes e moradores locais, após o acidente do último dia 23 de agosto.
Na ocasião, a comerciante Cíntia Aiko Kmagai, de 47 anos, foi morta depois de ser atingida por um golpe de cabo da rede telefônica, arrebentado por uma carreta na rua Vilaça, no centro. O caminhão circulava em alta velocidade numa área proibida para esse tipo de veículo. A Polícia Civil segue atrás do motorista. A família da vítima, pede justiça.
“Esta foi quarta ou quinta vez que um caminhão arrebenta os cabos”. A frase é de Ciro Guimarães, 29 anos, dono de um estacionamento na rua Vilaça local inserido no chamado perímetro urbano de São José. A área é formada por seis vias onde caminhões, exceto modelos ‘baú’, não podem trafegar, na região central. Essa espécie de ‘cordão’ invisível só pode ser transposto fora dos horários de pico no trânsito.
Caminhões com altura acima de 4,4 metros são proibidos de circular em toda a cidade e em qualquer horário, exceto com autorização especial requerida com antecedência. O problema é que apenas seis agentes de trânsito da prefeitura são responsáveis por fiscalizar, não somente o perímetro urbano, como as demais vias do trânsito central.
“Vamos aumentar o número de agentes”, afirmou o diretor de Trânsito da Secretaria de Transportes, Paulo Guimarães. Por enquanto, segundo ele, os ‘marronzinhos’ foram orientados a fiscalizar com mais rigor os caminhoneiros.
Guimarães listou algumas medidas estudadas pela Secretaria a fim de intensificar a fiscalização no perímetro: adaptar os radares fixos para flagrar as carretas irregulares e monitorar as vias que dão acesso ao perímetro de restrição, são exemplos. “Os agentes também deverão abordar os caminhões que circulam em horários e locais proibidos. Hoje, eles somente anotam a placa da carreta”, disse o diretor de Trânsito.
O Vale