Moradores procuram com mais frequencia o Procon da cidade

Cobrança indevida representa 30% das reclamações registradas no Procon de São José dos Campos, que viraram processo por falta de solução das empresas. Problemas como produtos com defeito, serviço não realizado e garantia ocupam a vice-liderança do ranking, com cerca de 20% dos conflitos. O restante é dividido entre vários outros tipos de reclamações.

A lista foi divulgada pelo Procon. De acordo com o órgão, foram abertos 3.046 processos em 2011, sendo 944 reclamações por cobrança indevida. No total, somando as reclamações que não viraram processo por terem sido atendidas pelas empresas, o Procon registrou 83 mil queixas em 2011, número 6% maior do que em 2010.

O ranking das empresas líderes de reclamação em 2011 trouxe Telefônica (hoje Vivo) e LG Electronics empatadas em primeiro lugar, com 132 queixas. Na segunda colocação, também empatadas com 98 registros, aparecem Carrefour e TIM. Na sequência, Santander (92 queixas), Embratel (82), MRV (81), Oi (77), Itaú (76), Grupo B2W (75), EDP Bandeirante (70), Samsung (61).

Levando-se em conta apenas reclamações por cobrança indevida, o ranking das campeãs traz Telefônica (80 queixas), TIM (71), Oi (60), EDP Bandeirante (51), Embratel (48), Sabesp (40), Santander (36), CSF S/A (33), BV Financeira (30) e Claro (29). “Os casos de cobrança indevida são os mais difíceis de resolver justamente por envolver dinheiro. Empresas da área financeira, telefonia e serviços essenciais lideram essas reclamações”, disse o diretor do Procon de São José dos Campos, Sérgio Werneck.

Um dos problemas que mais aparecem, segundo ele, é cobrança por cadastro em financeiras e lojas. Ao fazer uma compra, o cliente é obrigado a pagar pelo seu cadastro, averiguado pela empresa. “Isso é ilegal, embora conste de portaria do Banco Central. A lei do consumidor diz que esse custo deve ficar com quem usa esses dados, que é o fornecedor do produto ou do serviço, não o consumidor”.

No Procon, após o registro da queixa de cobrança indevida, a empresa é notificada a resolver a questão. Se nada for feito, abre-se um processo e marca-se uma audiência para tentar a solução do conflito. Com mais de 50 queixas registradas, boa parte delas por cobrança indevida, o técnico em hotelaria Sérgio Colares, 31 anos, disse que o consumidor deve ficar alerta a tudo o que se cobra em serviços e produtos. “Muita coisa passa desapercebida da gente.”

 O Vale