O Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), em São José dos Campos, teve 12 candidatos inscritos no processo para concorrer ao cargo de diretor. Destes, 9 são funcionários ativos do instituto. O balanço das inscrições foi divulgado ontem pelo comitê de buscas constituído pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, para gerenciar o processo de escolha do novo diretor da instituição.
As inscrições de interessados foram abertas em outubro e deveriam ter sido encerradas no dia 14 de novembro. No entanto, o MCTI optou por prorrogar o prazo até o dia 30 de novembro para possibilitar o surgimento de mais interessados. No primeiro prazo, seis pessoas se inscreveram.
Na próxima semana, começa a segunda fase do processo de seleção, que acontecerá no Inpe. Na terça-feira, o comitê vai se reunir com os funcionários do instituto para saber as expectativas da comunidade sobre o novo diretor. No mesmo dia, os candidatos irão apresentar suas propostas ao comitê.
No dia seguinte, em encontros reservados, os membros do comitê irão entrevistar os concorrentes ao cargo. A previsão é que antes do Natal o comitê encaminhará a lista tríplice para o ministro Aloizio Mercadante, que escolherá o novo diretor para o mandato de quatro anos. O atual diretor, Gilberto Câmara, renunciou ao cargo. Ele teria ainda quase dois anos de mandato.
Câmara, que administra o Inpe pelo segundo mandato consecutivo, desistiu com a alegação de que não conseguiu resolver um dos principais gargalos do Inpe a recomposição do quadro de pessoal. A instituição enfrenta redução de servidores especializados por fuga e aposentadorias de profissionais qualificados, mas não consegue autorização do governo federal para abrir concurso público.
Também teria pesado na sua decisão o projeto de fusão do Inpe com a AEB (Agência Espacial Brasileira) para a criação de uma nova agência espacial nacional. Inicialmente, Câmara apoiou a iniciativa, mas recuou porque a proposta não prosperou no Inpe.
O Vale