Impasse sobre o Destino da GM continua na cidade

O futuro dos 1.606 trabalhadores considerados excedentes da General Motors de São José foi adiado. Na reunião realizada ontem, a montadora pediu mais tempo para analisar as propostas da categoria. A próxima rodada de negociação ficou agendada para quinta, às 9h, na montadora. A reunião será a última e decisiva. Após o término do encontro, os funcionários vão saber se serão ou não demitidos.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José, a empresa mantém a posição de demitir os trabalhadores e não acatou as propostas feita pela categoria. A GM não comenta o assunto. Mesmo com os indícios de demissão em massa, o presidente do Sindicato do Metalúrgicos de São José, Antonio Ferreira de Barros, o ‘Macapá’, acredita que é possível manter os funcionários.

“Eu não só acredito como estou batalhando para isso. Não há justificativa para a empresa demitir funcionários para importar”, disse. Os metalúrgicos da GM cobram da empresa mais investimentos na planta de São José. Eles querem que a manutenção da produção do Classic, a fabricação de novos carros e caminhões e o fim da importação de veículos.

Eles também querem que o governo federal proíba a demissão em empresas que importam e que o lucro obtido no Brasil seja investido no país. No próximo dia 16, os trabalhadores da GM vão a Brasília para uma audiência pública no Senado. Caso a posição de demitir os funcionários se confirme, o sindicato promete realizar manifestações.

Nas últimas negociações, a montadora apresentou um pacote com 17 propostas. Elas foram rejeitadas por não garantir os empregos. As negociações começaram em julho quando a empresa apresentou a intenção de demitir 1.840, considerados excedentes. Eles pertencem à linha de produção do Classic, que será desativada.

Após protestos e reuniões, ficou acordado que a montadora suspenderia até 30 de novembro as demissões e que 925 entrariam em layoff contrato de trabalho suspenso. Desde agosto, a empresa já demitiu234 trabalhadores pelo sistema de PDV (Programa de Demissão Voluntária).

O PDV só termina no dia 30 de novembro, junto com o layoff. Com as adesões, restam 1.606 trabalhadores considerados excedentes. “Vai ser um desastre se essas pessoas forem demitidas. As indústrias da região não tem como absorver todos”, disse Macapá.

O Vale

Publicado em: 09/10/2012