A maioria das lojas do centro de São José dos Campos vai fechar as portas mais cedo hoje, durante os protestos pela redução das tarifas, que será realizado na praça Afonso Pena, a partir das 16h. Comerciantes disseram a O VALE que vão observar o movimento, mas a ideia é fechar as lojas por volta das 15h, uma hora antes do protesto que foi marcado, 16h. Segundo a ACI (Associação Comercial e Industrial) de São José, a maioria dos comerciantes consultados está com medo de atos de vandalismo durante o protesto, a exemplo do que ocorreu na cidade de São Paulo na última terça-feira.
A entidade informou também que o Banco Santander , que tem duas agências na praça, fechará às 15h. A própria ACI , que fica na rua Francisco Paes, perto do largo São Benedito, onde os manifestantes se concentraram na última terça-feira, também vai dispensar os funcionários mais cedo. “Nós temos funcionários que precisam de ônibus para ir embora. Como o transporte vai ficar complicado, resolvemos encerrar o expediente mais cedo”, informou a ACI, por meio de sua assessoria.
Uma comerciante que vende produtos de valor no calçadão da Rua 7 de Setembro, disse que essa semana já foram retirados alguns objetos das vitrines. “Estamos assustados com o que vimos em São Paulo. Por isso, resolvemos guardar tudo para evitar saques”, afirmou uma gerente de loja que não quis se identificar. Outra comerciante, que também pediu para não citar o nome de sua loja, disse que ontem foram retiradas mercadorias da loja e levadas para um outro local. “Estamos tomando essa medida de segurança para que não tenhamos nenhuma surpresa desagradável”, afirmou M.
Na terça-feira, temendo que os manifestantes invadissem o prédio, a Câmara dispensou os funcionários mais cedo e fez uma sessão-relâmpago de 45 minutos. Hoje, a Câmara antecipou o horário da sessão para as 9h. A presidente Amélia Naomi (PT)se reunirá com a Mesa Diretora durante a sessão para definir se haverá necessidade ou não de reforçar a segurança no prédio durante os protestos. “Ainda não solicitamos o reforço para a Guarda Civil e à PM. Talvez nem haja necessidade, mas de qualquer forma vamos nos reunir e avaliar a segurança da Casa”, disse. Segundo ela, não há previsão de liberar hoje os servidores antes do horário de encerramento do expediente. “Estamos confiante de que nada acontecerá, mas vamos nos prevenir”, afirmou
A Secretaria de Defesa do Cidadão informou que nenhum guarda municipal trabalhará hoje com armas de fogo e todo o contingente estará disponível para atuar na segurança do patrimônio público municipal. No último sábado, a Guarda Civil fechou o Parque Santos Dumont para impedir que o Movimento Passe Livre fizesse uma reunião no local. Segundo o comando da Guarda, a medida foi tomada para evitar depredação do patrimônio público. Com o parque fechado, cerca de 100 estudantes se reuniram no estacionamento para organizar o protesto de hoje.