A Polícia Civil realizou uma operação contra produtos falsificados na manhã desta terça-feira (8) em lojas na Praça João Mendes – conhecida como ‘Praça do Sapo’ -, um dos principais pontos de comércio popular no centro de São José dos Campos.
Foram apreendidos relógios, bolsas, óculos, roupas, tênis, produtos com etiquetas de marcas famosas, e CDs falsificados de 36 boxes diferentes. Uma pessoa foi detida por desacato. Ela foi encaminhada à delegacia onde prestou depoimento e depois foi liberada.
Os materiais foram recolhidos em sacos plásticos e levados para a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) da cidade, onde os investigadores trabalharam na separação e contagem das peças. A perícia técnica fará uma análise nos produtos e um inquérito policial será aberto para cada box caso fique comprovado que o material é ilegal. A situação será analisada uma a uma.
De acordo com a polícia, os comerciantes não apresentaram nota fiscal com a procedência dos produtos mesmo tendo alvará de funcionamento. “Eles podem responder por contrabando e descaminho, o crime contra a ordem tributária e financeira, crime contra a propriedade imaterial. Então, isso será apurado dentro do inquérito policial. As penas em alguns dos casos podem chegar de 5 a 6 anos”, explicou o delegado assistente da DIG, Régis Germano.
Durante a tarde, após a operação da polícia, poucos comerciantes reabriram as portas dos boxes. Uma comerciante que tem um espaço no local, que não quis se identificar, reclamou que o cadeado do box dela foi estourado. Ela vende artesanato no espaço. “Eu já não estou vindo trabalhar, porque eu não tenho dinheiro nem para andar de ônibus. Eu tive que alugar a minha casa para sobreviver e morar com meu filho. Agora eu chego aqui, o único dia que eu vim trabalhar um pouco, eu chego aqui o meu box tá estourado e eu não tenho dinheiro pra comprar cadeado. Então eu gostaria de saber quem é que vai comprar um cadeado pra mim?”, questiona.
Sobre a reclamação da comerciante, o delegado explica que para crimes dessa natureza não são necessários mandados. Eles são considerados crimes permanentes e podem sofrer a intervenção do Estado a qualquer momento.
A Secretaria de Defesa do Cidadão informou que não foi notificada oficialmente sobre a operação realizada pela Polícia e que vai aguardar a conclusão do inquérito para tomar as medidas cabíveis em relação aos permissionários. No entanto, não informou quais podem ser essas medidas.
G1 (Vnews)
Publicado em: 09/01/2013