Casos de Gripe aumenta na cidade com empregados

A gripe só perde para a greve. O aumento dos casos de doenças respiratórias vem provocando baixas consideráveis nas empresas da região. Funcionários perdem até uma semana de trabalho para curar a doença. Mas como não há números confiáveis sobre a quantidade de trabalhadores afastados, um indicador relevante é a procura de adultos pelos serviços de saúde.

Em São José dos Campos, desde o início do inverno, em 20 de junho, o número de adultos atendidos nas unidades de pronto-atendimento da cidade aumentou 50%. No entanto, mais afetados por gripes e resfriados ainda são as crianças e os idosos.

Na rede municipal de saúde de São José, o atendimento em pediatria dobrou em maio. Foram 7.350 crianças atendidas contra 3.500 em janeiro. A Secretaria de Saúde espera um novo recorde até o final deste mês. Com o aumento do número de casos e o sucesso da novela global “Cheias de Charme”, a gripe deste ano já ganhou o apelido de ‘empreguete’, porque deixa os trabalhadores de molho em casa e sem fôlego.

Expectativa é de que procura por atendimentos comece a diminuir só em agosto, quando temperaturas devem voltar a subir. “As gripes e resfriados são normais para a época. Há uma diminuição da imunidade de uma maneira geral, que afeta a população”, afirmou o médico José Cláudio Barbosa, diretor técnico do Hospital de Clínicas Norte, em São José.

A unidade registrou 40% de aumento na procura de adultos por atendimento em junho, na comparação com maio. Segundo o médico, as pessoas costumam passar mais tempo em ambientes fechados, bebem pouco líquido e não arejam adequadamente a casa, aumentando chance de contágio por um dos mais de 200 tipos de vírus que causam as doenças.

O tratamento dependerá da intensidade da doença. Se for apenas resfriado, sem dor pelo corpo e febre, basta hidratação, repouso e alimentação saudável que o problema passa em poucos dias. Mas se o caso evoluir para sintomas como dores pelo corpo, febre e falta de apetite, aí deve-se procurar o médico em razão de problemas associados, como inflamação na garganta e sinusite.

A auxiliar de serviços gerais Simone Machado, 35 anos, sofre com uma gripe forte que não vai embora. Ela já tomou três injeções e fez inalações.

O Vale