O prefeito de São José dos Campos, Eduardo Cury (PSDB), vai deixar a decisão sobre o aumento da passagem de ônibus para o governo Carlinhos Almeida (PT). Hoje, a tarifa custa R$ 2,80. Ontem, o secretário de Transportes Anderson Farias disse que administração municipal vai elaborar um estudo sobre o custo do sistema em dezembro, e que esse levantamento poderá apontar a necessidade de alteração no valor da tarifa.
O último reajuste da passagem ocorreu em janeiro de 2011, quando subiu de R$ 2,50 para os atuais R$ 2,80. “Independentemente da empresa pedir ou não reajuste, todos os anos nós fazemos o cálculo da tarifa. É regra de contrato analisar o custo operacional das empresas, os gastos com diesel, quadro de funcionários e a quantidade de passageiros transportados por quilômetro quadrado”, disse.
Segundo Ferreira, “não houve necessidade de reajuste” até o momento. “Fazemos esse cálculo do custo operacional periodicamente. O estudo será feito em dezembro e poderá ficar para o próximo [prefeito] a gestão de uma discussão sobre a revisão”, afirmou.
Os contratos das três de concessão das três empresas que exploram atualmente o sistema Expresso Maringá, Júlio Simões e Saens Peña libera a revisão anual da tarifa, mas não obriga. O secretário de Transportes informou que o resultado da análise técnica poderá indicar necessidade de aumento, redução ou até de manutenção do valor da tarifa.
Em janeiro deste ano, as três empresas que operam o sistema pediram à prefeitura um aumento de 7,2% no valor da tarifa do ônibus. Com o reajuste, o preço da passagem passaria para R$ 3. O pedido gerou uma série de protestos da na cidade e acabou sendo negado pelo prefeito Eduardo Cury. Na época, o governo do PSDB informou que estudos apontaram que não havia necessidade de aumento, mas não os detalhou.
Ferreira reconheceu o desequilíbrio financeiro da Saens Peña, que teria chegado a operar com 8% de déficit. “Não houve pedido de aumento de tarifa. O que houve foi um pedido da Saens Peña de reequilíbrio contratual em relação ao número de linhas que estava operando e ao número de passageiros”, disse.
Segundo ele, a criação das linhas 142 (Corredor Sul 2) e 140 (Corredor Norte 1), além do aumento de viagens na linha 331 (Campo dos Alemães/Aquarius) contribuiram para o reequilíbrio. A Saens Peña opera atualmente 34 linhas.
O prefeito eleito Carlinhos Almeida não comentou o caso. Por meio de sua assessoria, ele informou que irá tratar do assunto só após sua posse. “Essa questão será avaliada no momento oportuno, após a posse, em janeiro. Vamos utilizar critérios técnicos, jurídicos e sociais antes de qualquer decisão”, disse.
O Vale
Publicado em: 09/11/2012