Após fracasso no Leilão, preço dos prédios é reavaliado

Após o fracasso do leilão dos prédios da Argon, o Ipplan (Instituto de Pesquisa, Administração e Planejamento) e a Prefeitura de São José dos Campos estão realizando uma consulta às 36 construtoras que retiraram o edital de compra. Cada uma das empresas que demonstraram interesse pelo empreendimento estão recebendo uma ligação na qual a atendente propõe um questionário que trata das regras do edital, do preço do lance mínimo, da forma de pagamento e do prazo de conclusão da obra.

“A pesquisa deverá continuar por mais alguns dias, para que todas as construtoras sejam contatadas”, afirmou a diretora geral do Ipplan, Cynthia Gonçalo. “Queremos estabelecer qual foi o fator limitante, que pode ser desde as exigências documentais, até mesmo a divulgação, que não é realizada pela Prefeitura durante este período eleitoral”.

A data de publicação do novo edital não foi definida. “Junto da Prefeitura, definiremos também uma nova data para o leilão”, afirmou Cynthia. O evento, que estava marcado para o dia 14 de setembro, não aconteceu por causa da desistência unânime das construtoras de participar.

De acordo com o antigo edital, a empresa que efetuasse a compra deveria começar as obras em até 60 dias e o empreendimento teria de estar pronto em 24 meses. Além disso, as unidades compradas deveriam ser transformadas em habitações populares, vendidas por meio do programa do governo federal Minha Casa Minha Vida, cujo teto é de R$160 mil.

Construídos em 1990, na orla do Banhado, próximo à via Norte (ligação entre o centro e a zona norte da cidade), as obras foram paralisadas após a falência da construtora. No local, há apenas o “esqueleto” dos prédios. Em 2009, as quatro torres foram compradas pela Prefeitura por R$ 1,5 milhão cada. Duas delas estão sendo leiloadas para uso habitacional, as outras duas ainda não têm destino certo.

“Estamos desenvolvendo estudos para definir o que será realizado com as outras duas torres”, afirmou Cynthia. O lance mínimo para a compra era de R$ 8,6 milhões por dois prédios, sendo obrigatória a aquisição conjunta. O pagamento, de acordo com o antigo edital, deveria ser feito à vista.

O Vale

Publicado em: 05/10/2012