Monumento Símbolico no Jardim Aquarius é abandonado

Quase cinco anos após a sua inauguração, o Espaço Engenheiro Riugi Kojima, localizada no Jardim Aquarius, zona oeste de São José dos Campos, sofre com o abandono. Trechos do lago, construído artificialmente, estão sem água ou com lodo. Alguns espécies de peixes já morreram e outras sobrevivem na água parada. Além disso, O VALE esteve no local e constatou que a grama está alta em alguns trechos da praça.

“Há três meses a situação piorou. Antes eu podia vir aqui trazer os meus filhos para passear. Agora já não dá mais. O mato está alto e o lugar está feio”, afirmou a dona de casa Maria Martins, 32 anos. Segundo ela, a grande preocupação é o risco de contrair alguma doença. “Tenho receio de pegar alguma doença. Como a água está parada, é perigoso ter criadouro de mosquito da dengue”, disse.

A babá Tereza Alves, 60 anos, que mora próximo ao jardim também lamenta o abandono da praça. “A ampliação da avenida Cassiano Ricardo já trouxe alguns problemas na parte paisagística da praça. Mas arrumaram e continuamos vindo aqui passear. Depois parece que abandonaram mesmo. É uma pena porque é um lugar muito bonito”.

O Espaço Engenheiro Riugi Kojima foi construído em homenagem ao centenário da imigração japonesa no Brasil e leva o nome do ex-vice-prefeito de São José, morto em junho de 2008, vítima de câncer no pâncreas. O local foi inaugurado no mesmo mês. Na construção do local, houve um investimento de R$ 681 mil, sendo R$ 215 mil da prefeitura e o restante de empresas que patrocinaram o projeto. No espaço há um lago com peixes, um jardim com plantas orientais e ocidentais e um torii, portal japonês, confeccionado em aço.

A comunidade japonesa tem unido esforços para manter a praça em bom estado de conservação. “As vezes nos reunimos e vamos até lá verificar como as coisas estão. Mas não damos conta de todos os serviços necessários. O espaço é bonito, só precisa de manutenção”, afirmou Michiharu Sogabe, presidente da Associação do Centenário.

A Secretaria de Serviços Municipais, responsável pela manutenção da praça, informou em nota que os serviços de manutenção estão programados para a próxima quinta-feira. Segundo ela, os últimos trabalhos foram realizados há 20 dias. Hoje uma equipe da SSM deverá ir ao local pela manhã realizar uma vistoria para avaliar se houve algum problema com a bomba de água e verificará as condições dos peixes para tomar as providências.

O Vale

Publicado em: 30/04/2013

Cidade recebe símbolo religioso do JMJ

Jovens católicos de São José dos Campos e Jacareí estão na contagem regressiva para receber dois símbolos da Jornada Mundial da Juventude, que acontece no Rio de Janeiro em julho deste ano. Os símbolos virão da Diocese de Cachoeiro do Itapemirim (ES) e chegarão à Diocese de São José dos Campos às 17h na próxima sexta – feira. Serão oito dias de peregrinação por todas as cidades da diocese: Jacareí, São José dos Campos, Paraibuna, Santa Branca, Monteiro Lobato e Igaratá.

O ponto alto da festa está previsto para o dia 17 de março, com o evento Bote Fé São José dos Campos. Os jovens sairão da Matriz São José às 13h e seguirão em direção ao Parque da Cidade onde será celebrada uma missa às 15h, celebrada pelo bispo diocesano Dom Moacir Silva. Na sequencia haverá apresentação do DJ católico Atos 29. A festa termina com o show do Ministério Adoração e Vida às 17h.

A programação completa do evento está disponível no site: http://www.diocesesjc.org.br. A cruz e o ícone de Nossa Senhora foram presentes do papa João Paulo II aos jovens do mundo inteiro e desde então os símbolos peregrinam pelos países onde acontece a jornada. No Brasil, os símbolos chegaram no dia 18 de setembro de 2011 e já passaram por diversas cidades brasileiras.  A última parada dos símbolos será na Jornada Mundial da Juventude.

Publicado em: 12/03/2013

Politica Cultural usa Teatro Invertido como simbolo

São José dos Campos pode continuar carente de um Teatro Municipal nos próximos quatro anos.  Pelo menos é esse o cenário que se desenha no que depender dos candidatos a prefeito da cidade. Líder nas pesquisas, Carlinhos Almeida (PT) promete estimular a produção cultural, criar bibliotecas descentralizadas e restaurar o Cine Teatro Benedito Alves, no centro. Quando o assunto é o Teatro Municipal, contudo, ele diz que retomará as obras, assim que possível.

Mesma opinião tem o candidato do PSDB, Alexandre Blanco. Ele garante que vai construir o novo teatro “no meu governo, nós vamos construir o Novo Teatro Municipal, o maior da região, para atrair grandes espetáculos para a cidade” mas isso não depende só dele.

Há quase cinco anos, a atual administração de São José começou a construir o novo Teatro Municipal. Aquele que seria um dos mais modernos centros culturais da região, porém, virou motivo de piada. Com os alicerces construídos de forma invertida, a porta de entrada do teatro, que seria voltada para dentro do Parque da Cidade, foi construída com frente para a Avenida Olivo Gomes.

Desde então, o terreno, que deveria abrigar um moderno espaço cultural com infraestrutura para receber grandes eventos, tornou-se um grande matagal. O erro na execução da obra virou caso de Justiça. Para investigar e apontar os responsáveis, que podem ter que ressarcir os cofres públicos em mais de R$ 600 mil, o Judiciário interditou o terreno onde o teatro começou a ser construído. Não há prazos para um desfecho.

Ator, diretor, pesquisador de teatro, cinema e televisão e professor na Unitau, João D’Olyveira afirma ser fundamental para a democratização da cultura a existência de um num grande centro cultural. “Ainda mais quando pensamos em São José, uma cidade que é referência no Vale do Paraíba, com potencial para ser uma cidade circuito, atrais pessoas de outros lugares.”

D’Olyveira explica que é preciso abolir a ideia de que a construção de espaços culturais é menos importante do que escolas, hospitais. “O espaço cultural é uma escola e acaba sendo um hospital com a função de curar a doença cultural. Precisamos abolir a imagem que é só um espaço de lazer”, disse.

O pesquisador explicou que os grandes centros culturais começaram a ser pensados na segunda metade do século passado na França e Inglaterra, para na década de 1980 surgir com muita força em São Paulo. “É um espaço onde você consegue fomentar políticas culturais. Onde você pode assistir e incentivar a produção. O centro tem esse poder e deve ter essa função. Dele, você estimula os vários saberes.”

O Vale