Empreiteiras cobram Nova Lei de Zoaneamento

O vice-presidente da Aconvap (Associação das Construtoras do Vale do Paraíba), Paulo Cunha, disse ontem que os empreendimentos aprovados em São José dos Campos antes do período de vigência da nova Lei de Zoneamento dão um fôlego de mais 20 meses ao setor da construção civil. Após esse período, alerta, a cidade pode viver um período de estagnação caso as regras atuais não sejam revisadas pela prefeitura.

“Esse pacote de cerca de 80 empreendimentos aprovados pela lei de transição deve atender a cidade nos próximos 20 meses. Depois disso, se a Lei de Zoneamento não for mudada, não vai haver lançamento de novos empreendimentos”, afirmou o empresário. No momento, estão em construção na cidade cerca de 16 mil unidades habitacionais.

Em vigor desde agosto de 2010, a atual Lei de Zoneamento está no centro da corrida eleitoral de São José. O PT, em discurso consonante com os empresários da construção civil, defende a revisão das regras vigentes que, entre outros pontos, limitam em 15 andares a altura de novos prédios (comerciais ou residenciais) no município.

Os empresários da construção civil dizem que a lei ‘engessou’ a cidade, reduzindo o número de empregos no setor. Os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho, apontam que, no acumulado deste ano, o saldo da construção civil é de 223 vagas negativas. No acumulado de 12 meses, o segmento perdeu 1.411 postos.

Em julho, o setor registrou saldo positivo de 132 vagas. Para o vice-presidente da Aconvap, até o final do ano o saldo negativo deve diminuir, mas é sa\zonal. “São José precisa de pelo menos 200 novas unidades habitacionais mensais”, afirmou. O PSDB contesta os números. “O número de postos de trabalho pulou de 5.500, há cerca de cinco anos, para 15.000, 16.000 agora”, disse o candidato tucano ao Paço Municipal, Alexandre Blanco.

O Vale