Cidade tem programa para combater Drogas

Prefeitura de São José lança na segunda-feira um programa de combate às drogas. O projeto ‘Vem Ser’, articulado junto ao Ministério Público, prevê diversas ações focadas na prevenção do uso de entorpecentes, no tratamento de usuários e de dependentes. Entre as ações está a criação de serviços de saúde, que ajudarão a alavancar o programa Comarca Terapêutica, do Ministério Público, que já entrou em fase de implantação.

“O problema das drogas é comum no país inteiro. Em São José, a situação não é maior nem pior do que nos outros lugares. Mas é preciso combater o uso de entorpecentes”, afirmou Franklin Maciel, chefe da divisão de Vulnerabilidade, que atua com a questão das drogas na cidade. Segundo Maciel, no projeto haverá um leque de propostas sociais que irão aglutinar todas as informações relacionadas ao assunto.

“É um programa amplo que envolverá diversos profissionais. Não vamos cuidar apenas de usuários de drogas. Até porque a questão atinge muitas outras pessoas. Algumas ações serão emergenciais, como no caso do tráfico”, disse. Estão previstos ainda cronogramas e metas para avaliação dos resultados alcançados ao longo do tempo.

“Não podemos parar de planejar. Cada ação é pensada para dar um resultado. Então de tempos em tempos teremos de fazer um estudo de impacto para verificar se está dando certo”, disse. A Prefeitura de São José não deu detalhes do funcionamento do novo projeto, nem informou qual o investimento que deverá ser feito para atingir as metas previstas.

O projeto Comarca Terapêutica será beneficiado com a criação do ‘Vem Ser’. O programa possibilita que pessoas que praticaram crimes de pouca gravidade relacionados ao uso de drogas e do álcool possam trocar suas penas de prestação de serviços à comunidade pelo tratamento de suas dependências. O objetivo é que eles possam realizar o tratamento e se reintegrar à sociedade.

“Com o ‘Vem Ser’, teremos mais equipamentos públicos para nos atender nesse projeto”, afirmou o promotor Fábio Rodrigues Franco Lima, promotor de Justiça de São José. Na primeira audiência do ano realizada pelo Comarca Terapêutica, em fevereiro, dos 28 réus que receberam a proposta, 26 aceitaram frequentar semanalmente entidades como o CapsAD (Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas) e o NA (Narcóticos Anônimos) que trabalham no tratamento da dependência.

A RMVale deve receber neste ano uma unidade do Cratod (Centro de Referência de Álcool, Tabaco e outras drogas). Segundo a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, um mapeamento está sendo realizado em todas as regiões. O objetivo é criar um panorama da dependência química para posteriormente propor ações. Ainda não há prazo para a instalação da unidade.

O Vale

Publicado em: 26/04/2013