As aulas na rede municipal de ensino de São José começam na próxima quinta-feira e muitos dos mais de 60 mil alunos matriculados encontrarão as escolas ainda em ‘pré-temporada’, passando por reformas e ampliações que irão durar, no mínimo, mais alguns meses.
Das 116 unidades de ensino fundamental e infantil da rede, 22 estão em obras 12 de ensino fundamental, 7 de educação infantil e 3 creches. Destas, 15 escolas estarão prontas para entrega ainda neste semestre. As demais serão entregues até o fim do ano.
Uma das unidades que ficarão prontas somente no fim do ano letivo é a de ensino fundamental Palmyra Sant’anna, na Vila Industrial (zona leste). A escola passa por uma reforma completa em suas estruturas, ao custo de R$ 6,4 milhões. O serviço é tocado por uma empresa terceirizada. No total, as 22 obras consomem R$ 17,5 milhões.
A Secretaria de Educação admite que a situação “não é a ideal”, mas alega que apenas dá sequência aos serviços que foram contratados pela gestão anterior. A pasta garante, porém, que as reformas não irão atrapalhar as aulas. Opinião diferente têm os pais dos alunos, que temem pelo desconforto e até pela segurança dos filhos.
O técnico em segurança do trabalho Felipe Junqueira, 30 anos, pai de uma aluna de 7 anos, diz que o barulho e a poeira são inconvenientes comuns em obras, ao lado do perigo de acidentes. “Além de atrapalhar a aula, algum pedaço de obra pode cair em cima de alguém, e se madeira com prego e entulhos ficarem à mostra, trarão insegurança ao ambiente”, disse.
A mãe de um aluno da escola Palmyra Sant’anna, que preferiu não se identificar, teme pela acessibilidade do filho em meio à reforma da unidade. “As obras ainda não acabaram e meu filho é deficiente. As aulas já começam no dia 7 e não sei se a escola terá condições de recebê-lo.”
O secretário de Educação, Célio Chaves, disse que as obras não irão prejudicar o andamento do ano letivo, mas admitiu que alguns serviços poderão ser paralisados. “Estamos nos empenhando para ter o mínimo de impacto. Poderemos adiar alguma obra para o período de julho. Estamos procurando fazer esse tipo de ajuste”, afirmou.
Há um mês no cargo, ele disse que os serviços foram contratados pelo governo passado e que não teve participação na elaboração do cronograma. Chaves afirmou que sua prioridade será a expansão das vagas para o ensino infantil e a construção de novas escolas em regiões carentes. “No ensino fundamental, as vagas estão preenchidas corretamente. Existe uma pressão maior na educação infantil, onde acredito que exista um déficit de 3.000 a 4.000 vagas.”
A partir de quinta-feira, os alunos da rede irão encontrar três escolas com as reformadas terminadas: a de ensino infantil Idelena Menezes, em Santana (zona norte), e a unidade de ensino fundamental Ignês Sagula, no Limoeiro (zona oeste), além da segunda fase de obras da escola fundamental Leonor Pereira, na Vila Industrial (zona leste), com a construção de três novas salas de aula.
O Vale
Publicado em: 04/02/2013