Os funcionários da GM têm hoje um dia decisivo para aprovar ou não a proposta de acordo fechada entre o Sindicato dos Metalúrgicos e a montadora, para viabilizar um investimento de R$ 2,5 bilhões na cidade. O sindicato vai reunir os trabalhadores às14h30,no bolsão da S-10, para que eles decidam em assembleia sobre o futuro dos investimentos da montadora.
Antes de levar a proposta para a votação, os dirigentes sindicais distribuíram 5.000 informativos na empresa, para explicar aos trabalhadores os principais pontos do acordo. “A expectativa é de que seja uma assembleia muito participativa, em que a decisão final cabe ao trabalhador. Independente da opinião do sindicato, os trabalhadores vão votar e a decisão será acatada”, informou o presidente do sindicato, Antonio Ferreira de Barros, o “Macapá”.
Nos bastidores, empresários, vereadores, prefeitura e sindicalistas acreditam que a proposta será aprovada em assembleia. Sindicalistas e montadora, demoraram cerca de dois meses para chegar a um consenso, sobre a proposta que será votada hoje. O acordo é válido para os funcionários que vierem a ser contratados para a nova fábrica, que tem previsão de começar a funcionar em 2017.
A GM começou as negociações oferecendo um piso salarial de R$ 1.560, PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de R$ 8.000 e 14 anos para a duração do acordo. O sindicato queria um piso de R$ 1.890, PLR a ser definida posteriormente (hoje é de R$ 15.384) e um acordo de, no máximo , 4 anos. A proposta fechada na última segunda-feira, definiu que o piso salarial para os novos funcionários será de R$ 1.700 (reajustado pelo INPC a partir de 2014), PLR de R$ 10 mil (reajustada a partir de 2015/16/17) e um prazo de 6 anos para a duração do acordo, contando a partir de 2017.
A direção da GM aguarda com expectativa a decisão da assembleia. Segundo o diretor de Relações Institucionais da GM, Luiz Moan, a decisão será levada à direção geral da GM, que deve anunciar na primeira semana de julho, onde será investido os R$ 2,5 bilhões. “Estamos torcendo para que seja em São José”, disse Moan. Em entrevista ao jornal, o prefeito Carlinhos de Almeida, disse que acredita na aprovação da proposta. A prefeitura vai dar isenção fiscal e construir um distrito industrial para os fornecedores da GM se instalarem na cidade.