Fármacias da cidade tem variação de preços em remédios

Quem compra remédio sem pesquisar o melhor preço pode sair no prejuízo em São José dos Campos. Pesquisa feita na última semana por O VALE, em nove farmácias, mostrou variação significativa nos preços dos medicamentos. Um único produto chegou a ter 391,95% de diferença entre um estabelecimento e outro. Foi o caso do Salonpas, anti-inflamatório e analgésico, que foi encontrado por R$ 1,99 e por R$ 9,79 nas farmácias.

O VALE levou às farmácias e drogarias da região central da cidade uma lista baseada em um estudo feito, em 2008, pela IMS Health, instituto que audita a indústria farmacêutica, sobre os remédios mais vendidos no país. Foram acrescentados ainda outros remédios populares.

A pesquisa mostrou que os descontos que o consumidor pode conseguir, quando não fazem parte de um plano de fidelidade comprovada via carteirinha, variam de acordo com uma boa conversa com o vendedor.“O balconista, geralmente, tem autorização para dar descontos. Quando o consumidor consegue falar com o gerente, o percentual retirado do preço final é ainda maior”, afirmou Sérgio Werneck, diretor do Procon de São José. “Isso demonstra que as farmácias têm condições de dar descontos. Cabe ao cliente pechinchar”, disse.

A auxiliar de serviços gerais Maria Aparecida Ramos, 52 anos, tem um gasto médio de R$ 350 por mês com remédios. “Pesquiso o preço sempre. Como na minha família somos em oito pessoas, compramos remédios mensalmente. Alguns são muito caros, como os de controle da pressão, então tem que procurar mesmo.”

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) disponibiliza em seu site a lista Preços Máximos dos Medicamentos criada pela Cmed (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos), atualizada regularmente. Esta mesma lista, de acordo com o Procon, deve estar disponível ao consumidor em todas as farmácias e drogarias.

Segundo a Secretaria de Saúde, 200 drogarias estão licenciadas na Vigilância Sanitária do município. De acordo com elas, todas cumprem as normas de legislação sanitária vigente. As principais reclamações recebidas pela secretaria são sobre o comércio de produtos alheios à atividade e a ausência de responsável técnico legalmente habilitado disponível em todo o horário de atendimento.

O Vale