A duplicação do trecho de planalto da Rodovia dos Tamoios (SP-99) vai gerar 6.000 empregos diretos e indiretos a partir do mês que vem, quando as obras entram num ritmo mais forte. A previsão, da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A), foi informada ontem a O VALE. A expectativa é que parte da mão de obra seja contratada junto às cidades da região.
As prefeituras de São José, Paraibuna e Jambeiro informaram outrora que trabalhariam para mediar essas contratações, priorizando a população local. Iniciadas no começo deste mês, as obras de duplicação estão sendo realizadas pelas empresas Encalso e S.A Paulista, que em consórcio venceram a licitação por R$ 557,4 milhões.
No cronograma de serviços, o pico das obras deve ser atingido em julho, com mobilização iniciando-se já no mês que vem. Com término previsto para dezembro de 2013, a duplicação da SP-99 começou pelo planalto, num trecho de quase 49 quilômetros (entre o km 11,5 e o km 60,48), entre São José e Paraibuna.
A obra é promessa recorrente dos governos tucanos no Estado desde 1994, quando foi objeto de campanha do governador eleito naquele ano, Mário Covas. Além do planalto, a Nova Tamoios também terá seu trecho de serra duplicado e a construção de contornos viários para desafogar o trânsito nas cidades do litoral.
Parte mais custosa do projeto, o trecho de serra terá seu EIA/Rima (Estudo e Relatório de Impacto Ambiental) finalizado em julho pelo governo do Estado. O documento é a primeira etapa para obtenção das licenças ambientais.
“Estamos concluindo o estudo ambiental e em julho deveremos apresentá-lo”, afirmou o diretor do DER (Departamento de Estradas e Rodagens), Clodoaldo Pelissioni. O EIA/Rima será analisado pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente, que deverá marcar audiências públicas para debater o projeto.
“É a partir do EIA/Rima que daremos início aos estudos de compensações ambientais”, disse Pelissioni. “Além desses estudos, precisamos ver todo o contexto dos investimentos que o litoral está recebendo, como Tamoios, porto, ampliação da Petrobras. É importante equalizar, com governança, desenvolvimento com cuidado ao meio ambiente”, afirmou o ambientalista Beto Francine.
O Vale