Empresários da construção civil de São José dos Campos vão fazer lobby junto aos candidatos a prefeito para mudar a Lei de Zoneamento no próximo ano. Entre as principais alterações que serão solicitadas pelo segmento estão a liberação total da altura dos espigões na área urbana consolidada, atualmente limitada a 15 andares, definição mais clara das contrapartidas exigidas pela prefeitura aos impactos causados pelos empreendimentos imobiliários e mudanças nas normas de recuos para a construção de prédios verticais.
“Queremos um compromisso formal, assinado, dos candidatos de que a lei será revisada” disse o empresário Frederico Marcondes Cesar, diretor regional do Secovi (Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis de São Paulo). Na avaliação do empresário, se não houver alterações na norma, “São José vai parar de crescer”. “A nova lei engessou a cidade e vai prejudicar o desenvolvido do município”, disse Marcondes Cesar.
O presidente da Aconvap (Associação das Construtoras do Vale do Paraíba), Cléber Córdoba, relatou que a construção civil da cidade vai parar a partir do segundo semestre de 2013 por falta de novos empreendimentos destinados às classes sociais A, B e C. “Os empreendimentos em construção ou que serão lançados nos próximos meses para esse segmentos sociais são os últimos aprovados pela antiga Lei de Zoneamento”, disse Córdoba.
Pesquisa realizada pela Aconvap aponta que a carteira de imóveis hoje de São José possui 16,5 mil imóveis residenciais e comerciais. Desse total, 4.500 estão disponíveis ao mercado. “Quando o mercado está bom, são comercializadas cerca de 300 unidades por mês. Quando não está, a comercialização é em torno de 200 unidades. Se formos pessimistas, o estoque atual da carteira vai esgotar em 22 meses”, afirmou o empresário.
Em agosto, a Aconvap, Secovi, Aelo (Associação das Empresas de Loteamento), Sinduscon (Sindicato das Empresas da Construção Civil) e Associação de Engenheiros e Arquitetos) vão promover sabatinas com os candidatos a prefeito.
“Vamos entregar para eles um documento com sugestões fundamentadas de alterações que consideramos necessárias para que a cidade não pare de crescer. Esperamos sensibilidade dos postulantes. Queremos uma cidade com qualidade de vida, mas compatível com crescimento”, disse.
O Vale