Casos positivos de dengue levam São José a decretar estado de alerta

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A Prefeitura de São José dos Campos decretou nesta terça-feira (10) estado de alerta por conta do grande número de casos de dengue. Os números atualizados revelam que a cidade já tem 550 casos confirmados da doença, dos quais 421 foram contraídos no próprio município (autóctones) e 129 são importados, contraídos em outras cidades.

O estado de alerta foi decretado diante da possibilidade do aumento significativo no número de casos nas próximas semanas. Muitas pessoas estão procurando os serviços de saúde com sintomas da doença.

A Prefeitura adotou várias ações de intensificação a guerra contra a doença. Um grupo de trabalho foi criado para coordenar e ampliar essas ações de combate e prevenção à dengue no município. Outra medida foi o lançamento da campanha São José na guerra contra a Dengue”, que vai reunir todas as secretarias municipais e convocar instituições, empresas e moradores para colaborar na eliminação de criadouros do mosquito transmissor.

Depois que o resultado da Avaliação de Densidade Larvária (ADL) confirmou o alto índice de criadouros (objetos que poderiam juntar água e servir para a proliferação do mosquito), a Secretaria de Saúde intensificou as ações de combate à doença. Diariamente, cerca de 200 funcionários do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) estão nas ruas da cidade, trabalhando no combate à doença e aos focos do mosquito transmissor.

Dois arrastões – ambos nos bairros da região central da cidade – foram realizados nos dois últimos sábados. O trabalho resultou no recolhimento de 40 toneladas de lixo e entulho. Mais de 8 mil casas foram visitadas. Os agentes aplicaram larvicida e eliminaram focos do mosquito em orientaram os moradores, entregando material educativo. Além disso, o carro fumacê passou pelas ruas dos bairros.

A Prefeitura também contratou um drone que auxilia no monitoramento de áreas com maior índice de casas onde os agentes não puderam entrar, por algum motivo. Quando é detectado, , o morador do local é notificado para que corrija o problema.

Além disso, foram tomadas medidas contra quem demostrar descaso com situações de risco. A Prefeitura quer estabelecer multas a proprietários de imóveis que se recusarem a eliminar os criadouros do mosquito, dificultarem ou impedir a visita dos agentes. As multas poderão ser de R$ 99 até R$ 100 mil. O projeto foi encaminhado à Câmara Municipal e deverá ser votado nesta semana.

O objetivo não é multar o morador que tiver um criadouro em casa, mas punir aqueles que oferecerem resistência e não colaborem; ou por impedirem a entrada dos agentes no imóvel, ou porque já foram orientados, mas não fizeram nada para corrigir o problema.